Os bens culturais de interesse religioso tem dignidade igual ás outras expressões
da criatividade humana
A Unesco reconheça e admita na nascente Convenção sobre a promoção da diversidade
dos conteúdos culturais e das expressões artísticas também os bens culturais de interesse
religioso. O pedido foi avançado pelo Observador permanente da Santa Sé junto da Unesco,
o arcebispo Francisco Follo durante a assembleia plenária do conselho de direcção
da Unesco que se efectuou em Paris. Definindo uma iniciativa feliz uma convenção que
reconheça nos diferentes conteúdos culturais e nas várias expressões artísticas mundiais
dos factores de desenvolvimento social e económico Mons. Follo recordou a afirmação
de João Paulo II que não é possível reduzir a questão do pluralismo dos conteúdos
e das expressões culturais a um problema de gestão de bens e de serviços numa simples
óptica de mercado..As expressões culturais - afirmou o representante da Santa Sé em
Paris, acerca da identidade dos indivíduos que as criam e existe portanto nelas antes
de mais um aspecto de dignidade e liberdade humanas que deve ser tutelado. Neste contexto,
embora não podendo certamente reduzir a religião a um fenómeno cultural, existe uma
relação vital entre a cultura e religião que não pode ser negado e que tem direito
a ser defendido nas suas manifestações pela Constituição da Unesco em fase de elaboração.
A Igreja considera os bens culturais de interesse religioso, como um veiculo de um
património de valores e de sensibilidade que não pode ser reduzido unicamente á cultura.