2005-04-27 13:51:55

Uma centena de muçulmanos na primeira audiencia geral de Bento XVI


Cerca de 100 muçulmanos provenientes de 33 países do mundo participaram esta manhã na primeira audiência geral do Pontificado de Bento XVI. Eles encontram-se em Roma para o 1º Simpósio de diálogo islâmico-cristão, promovido pelo Movimento dos Focolares.
Muçulmanos da Argélia, Líbano, Turquia, Jordânia, Paquistão, Indonésia, da Europa em geral, do Canadá, dos EUA e do Brasil estão no Centro Mariápolis desde o passado dia 24 de Abril.
O programa alterna intervenções de nível teológico-cultural feitas por especialistas cristãos e muçulmanos, experiências de vida das duas religiões abraâmicas e o diálogo com os participantes num clima de “crescente fraternidade”. Os temas aprofundados: “A essência da ‘Ibada (adoração-fé) no Islamismo” e “Deus Amor” no cristianismo, “A fé em Deus”, a presença de Deus nas comunidades muçulmana e cristã, o problema da dor.
O diálogo islâmico-cristão do Movimento dos Focolares é uma experiência iniciada há cerca de 40 anos na Argélia em Tlemcen, onde os focolarinos receberam como presente uma pequena abadia em estilo árabe construída pelos beneditinos para fazer um centro de diálogo com o mundo muçulmano. Desde os primeiros contactos que impressionou a afinidade existente entre as duas religiões abraâmicas: acreditar no único Deus clemente e misericordioso, a dedicação total à vontade de Deus, a grande estima por Jesus e por Maria sua mãe. Milhares de amigos muçulmanos em muitos países do mundo estão em contacto com os Focolares. Entre eles, há Imãs, fiéis praticantes e outros que, pelo encontro com o Movimento e com a partilha da espiritualidade da unidade, intensificaram a prática dos cinco pilares do Islamismo. De facto, o efeito do diálogo não é o sincretismo, mas a descoberta das próprias raízes religiosas, daquilo que nos une. “Através do diálogo – como tinha afirmado, em Madras, João Paulo II em 1986 – fazemos com que Deus esteja presente no meio de nós, porque aos abrirmo-nos uns aos outros no diálogo, abrimo-nos a Deus. E o fruto disto é a união entre os homens e a união dos homens com Deus”. Reforça-se assim o esforço comum em ser construtores de unidade e de paz sobretudo nos lugares onde a violência e a intolerância racial e religiosa procuram escavar um abismo entre as componentes da sociedade.







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