Após vários anos de esforços e negociações, a Bulgária e a Roménia assinaram ontem,
no Luxemburgo, o tratado de adesão à União Europeia. Os dois Estados farão parte da
grande «família» europeia a partir de Janeiro de 2007.
A cerimónia que formalizou a integração da Bulgária e da Roménia na União decorreu
na abadia de Neumunster, com a participação do primeiro-ministro luxemburguês e presidente
em exercício da UE, Jean-Claude Juncker, do presidente da Comissão Europeia, Durão
Barroso, do presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrell, e dos ministros dos Negócios
Estrangeiros dos 25.
O documento foi assinado pelos presidentes da Roménia e da Bulgária, e pelos primeiros-ministros
dos dois países.
Com 30 milhões de habitantes, os dois países passam a ser os mais pobres da União
a 27, com um Produto Interno Bruto por habitante ligeiramente inferior a 30 por cento
da média comunitária.
Antes de entrarem a 1 de Janeiro, têm um longo caminho a percorrer, especialmente
no combate à corrupção. No caso da Bulgária, trata-se de reformar o sistema judicial,
considerado muito ineficaz, enquanto para a Roménia, além da cláusula de salvaguarda
comum, que prevê um adiamento por um ano da entrada na UE, existe uma cláusula adicional
muito severa, nunca aplicada até agora e que aplica um segundo adiamento por um ano.
A União Europeia é um organismo vivo, num processo contínuo de evolução. Dos seis
Estados-membros fundadores, em 1950, passou para 15 em 1995. E em 2004 elevou o número
de países-membros para 25 com a entrada de novos Estados-Membros da Europa Central
e Oriental, juntamente com Malta e Chipre.