A alegria de anunciar e testemunhar a todos a Boa Nova de Cristo Salvador:este o desejo
manifestado pelo Papa na Basilica de S. Paulo fora de muros.
Bento XVI exigiu uma atitude missionária por parte de toda a Igreja Católica, referindo
que “no início do terceiro milénio, a Igreja sente com renovada intensidade que o
mandato missionário de Cristo é mais actual do que nunca”.
Na sua peregrinação da tarde desta segunda feira à Basílica de São Paulo fora de Muros,
em Roma, o Papa deu como exemplo a seguir o pontificado de João Paulo II, ao considerar
que este foi “um Papa missionário cuja actividade tão intensa, testemunhada por mais
de cem viagens apostólicas fora dos confins da Itália, é verdadeiramente inimitável”.
Ao visitar o túmulo do “Apóstolo dos Gentios”, Bento XVI quis manifestar a sua “solicitude
por todas as Igrejas” e lembrar que “a Igreja é por sua natureza missionária e tem
como primeira obrigação a evangelização”.
Ainda tomando como exemplo João Paulo II, o Papa assinalou que a fonte do dinamismo
missionário é “o amor de Cristo” que transforma a existência. “Queira o Senhor alimentar
também em mim um amor semelhante, para que não tenha paz perante as urgências do anúncio
evangélico no mundo de hoje”, pediu.
Recordando a dinâmica do Grande Jubileu de 2000, Bento XVI convidou os católicos –
à imagem de São Paulo e de São Bento – a “fazer de Cristo o centro da sua vida, deixando
tudo pelo sublime conhecimento dele e do seu mistério de amor, comprometendo-se a
anunciá-lo a todos”.
Bento XVI classificou esta ida à Basílica de São Paulo como “um gesto de fé” e uma
peregrinação “às raízes da missão, da missão que Cristo ressuscitado confiou a Pedro,
aos Apóstolos e de modo singular também a Paulo”.
A veneração do “Trophaeum”, as relíquias do Apóstolo Paulo martirizado em Roma fez
com que Bento XVI recordasse os mártires da Igreja, em especial os do “século XX,
um tempo de martírio”.
“Se o sangue dos mártires é semente de novos cristãos, é lícito esperar no início
do terceiro milénio um renovado florescimento da Igreja, especialmente onde ela sofreu
mais por causa da fé e do testemunho do Evangelho”, indicou.