Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 25 discutem nesta segunda feira, no Luxemburgo,
novas propostas para o quadro financeiro da União Europeia a partir de 2007 que tentam
aproximar posições divergentes entre Estados-membros mais e menos desenvolvidos
Os chefes da diplomacia irão também assinar o Tratado de Adesão à UE da Bulgária e
da Roménia, prevendo-se o alargamento a partir de 2007, se tudo correr como previsto.
A actualidade internacional e a preparação da próxima cimeira entre os 25 e a Rússia,
a realizar em Moscovo a 10 de Maio, irão também ser abordados.
A presidência luxemburguesa da UE estima, em carta enviada aos Estados-membros, que
um compromisso sobre o quadro financeiro a partir de 2007 (Perspectivas Financeiras)
passará “inevitavelmente” por reduções em cada uma das categorias de despesa tendo
por base a proposta da Comissão Europeia.
Segundo fonte diplomática, a nova proposta da presidência faz ajustamentos no sentido
de uma melhoria da posição dos novos Estados-membros, que aderiram no ano passado,
mas ainda não é possível estimar o impacto sobre países, como Portugal, beneficiários
líquidos do orçamento comunitário. O Luxemburgo não avança com qualquer montante financeiro
global nesta fase das negociações apesar de continuar a mostrar-se empenhado em tentar
um acordo final na reunião de chefes de Estado e de Governo da UE de 16 e 17 de Junho
próximo.
Uma maioria de Estados-membros apoia a proposta da Comissão Europeia que propõe fixar
o limite das despesas do orçamento comunitário entre 2007 e 2013 em 1,14 por cento
do Rendimento Nacional Bruto (RNB) comunitário. Mas os seis que mais contribuem para
o orçamento dos 25 (Alemanha, Holanda, Reino Unido, França, Suécia e Áustria) exigem
que se limite a despesa a um por cento do RNB.