A Conferência Episcopal Equatoriana pediu aos cidadãos do país que mantenham a calma
e aguardem pela sucessão presidencial “num clima de oração”.
“Os acontecimentos de quarta-feira, 20 de Abril, estão a dar lugar a uma perigosa
perplexidade social e política. O heróico esforço realizado nestes dias pelo povo
equatoriano e muito especialmente pelo povo de Quito não pode ser aproveitado para
nos conduzir ao caos e à anarquia”, indicaram os Bispos em comunicado oficial.
Na noite de 20 de Abril, e após violentos confrontos entre mais de 50 mil manifestantes
e a polícia anti-motim, o Parlamento equatoriano destituiu o Presidente Lúcio Gutierrez,
cujo mandato deveria terminar apenas em 2007, colocando no seu lugar Alfredo Palácio,
que até aí assumia a vice-presidência.
Para a Conferência Episcopal do Equador, “a sucessão presidencial deve processar-se
dentro das normas constitucionais, a fim de evitar novas violências e novos atropelos”.
Os prelados recordaram ao país que “corresponde às Forças Armadas, dentro dos seus
deveres constitucionais, cooperar activamente na consolidação do Estado de Direito.
“Pedimos às equatorianas e aos equatorianos que tenham a serenidade necessária para
criar caminhos adequados de acordo”, concluíram
.