2005-04-22 11:43:37

Anel do Pescador entregue no próximo Domingo.


A Missa de inauguração do Pontificado de Bento XVI, no próximo Domingo, será o momento em que lhe serão consignados o Anel do Pescador e o Palio Petrino.
A cerimónia terá lugar na Praça de São Pedro, pelas 10h00 e será concelebrada pelos Cardeais. Uma multidão estimada de 500 mil pessoas presenciará o início do “ministério petrino” do Bispo de Roma.
“A Igreja que está em Roma e nas várias partes do mundo é convidada a dirigir a Deus um filial agradecimento e súplicas fervorosas para obter ao Romano Pontífice copiosas graças no seu Ministério, para o bem de toda a Igreja”, refere o comunicado oficial da Santa Sé .
O Anel do Pescador faz parte das insígnias oficiais do Papa, sucessor do Apóstolo Pedro, pescador da Galileia. O Cardeal Camerlengo, D. Eduardo Martínez Somalo, colocará o anel na mão esquerda do novo Papa durante a cerimónia.
Feito em ouro, o Anel do Pescador tem uma representação de São Pedro num barco, a pescar, o nome do Papa em volta da imagem.
A primeira referência documental a esta insígnia aparece no ano de 1256, numa carta de Clemente IV a um sobrinho, na qual aquele declara que os Papas costumavam selar as suas cartas privadas com “o selo do Pescador”, enquanto os outros documentos se distinguiam pelas bulas. Desde o séc. XV a 1842, o Anel era utilizado para selar todos os documentos oficiais redigidos ou aprovados pelo Papa.
Aquando da morte do Papa, o Anel é destruído com um martelo de prata pelo Cardeal Camerlengo, num gesto que hoje tem o significado de sublinhar que no período da Sé Vacante ninguém pode assumir prerrogativas próprias do Bispo de Roma.
Ainda no Domingo, Bento XVI receberá o Pálio petrino (faixa de lã branca com cruzes pretas de seda envergada pelo Papa). Trata-se de uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição” que é abençoada pelos Papas na solenidade de São Pedro e São Paulo, a 29 de Junho.
Os pálios são também envergados pelos Arcebispos Metropolitanos nas suas Igrejas e nas da sua Província eclesiástica.
Esta insígnia é feita com a lá de dois cordeiros brancos benzidos pelos Papas na memória litúrgica de Santa Inês, a 21 de Janeiro (agnus), está enterrada na basílica a ela dedicada, na Via Nomentana em Roma, e é para lá que são levados os cordeiros após a bênção papal.







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