Desminar até 2015 :
A União Europeia disponibilizou cerca de 15 milhões de euros e os EUA 3,8 milhões
para desminagem em Angola. Ontem, a comissão angolana assegurou que vai gerir os fundos
“com transparência” e que pretende acabar com as vítimas de minas até 2015.
O presidente da Comissão Nacional Inter-Sectorial de Desminagem e Assistência Humanitária
(CNIDAH), Santana André Pitra «Petroff», garantiu ontem, em Luanda, que a sua instituição
vai gerir com transparência os fundos doados pela comunidade internacional.
A União Europeia disponibilizou cerca de 15 milhões de euros e os Estados Unidos da
América cinco milhões de dólares (3,8 milhões de euros) para desminagem e acções de
impacto social para os próximos dois anos.
Neste sentido, o presidente da CNIDAH anunciou que o Governo angolano vai criar um
órgão de auditoria e de consultoria para financiamentos externos e que estará disponível
a cooperar com todos os doadores.
De acordo com Santana André Pitra «Petroff», os angolanos preparam-se para o próximo
pleito eleitoral e é necessária a criação de condições para que as estradas, pontes
e povoações estejam livres de minas.
Segundo Petroff, nos últimos três anos já foram removidas mais de 25 mil minas anti-pessoal,
duas mil minas anti-tanque e 150 mil engenhos explosivos não detonados. O relatório
apresentado esta quinta feira refere que em 2004 foram registados 86 incidentes com
minas, dos quais resultaram 73 mortos e 114 feridos.
A CNIDAH tem como prioridade a identificação de áreas com maior concentração de pessoas
portadoras de deficiência no âmbito do apoio e assistência às “vítimas de minas”.
Entre os objectivos definidos, a Comissão de Desminagem pretende acabar com as vítimas
de minas até 2015.