2005-04-13 11:57:44

Centenas de pessoas visitam o tumulo do Papa


Algumas centenas de pessoas aguardavam esta manhã fora da Basílica de São Pedro pela abertura do túmulo de João Paulo II aos fiéis
A cripta da Basílica, onde o corpo do Papa foi enterrado na passada sexta-feira, tinha estado fechada ao público para preparar a grande afluência de peregrinos ao local. Desde hoje são muitos os que passam diante da simples campa em mármore branco, onde não é possível parar ou depositar flores.
Para esta nova peregrinação popular, o Vaticano prepara-se para receber milhares de pessoas. Mais de 2 milhões de pessoas passaram pela Basílica de São Pedro entre 4 e 7 de Abril, dias em que os restos mortais de João Paulo II estiveram em Câmara ardente na Basílica vaticana. Na missa exequial, mais de 1 milhão de pessoas estavam em Roma para participar na cerimónia.
O Papa foi enterrado após o funeral de dia 8, no local anteriormente ocupado pelo Beato João XXIII e entre as únicas duas mulheres sepultadas na Cripta: as rainhas Carlota de Chipre e Cristina da Suécia.
"Ioannes Paulus PP II. 16.X.1978-2.IV.2005" é a única inscrição gravada a dourado na lápide de mármore, proveniente da famosa zona de Carrara, no noroeste italiano. O túmulo ocupa um espaço abobadado na cripta, no subsolo da Basílica de São Pedro, que na parede do fundo apresenta um baixo-relevo em mármore que representa uma Virgem com o Menino nos braços.
Um vaso com jarros brancos e uma pequena vela acesa completam o local, que se destaca pela simplicidade monástica.
Os Cardeais presentes no Vaticano reuniram-se ontem diante do túmulo de João Paulo II para um oração colectiva A visita à cripta aconteceu depois de uma missa de sufrágio pelo Papa.
Todos os Cardeais, em fila, no final da missa do quinto dia das exéquias de João Paulo II, desceram até à cripta para rezar diante do sepulcro do Papa. Passaram primeiro diante do túmulo do apóstolo Pedro e depois dois a dois fizeram uma vénia frente ao sepulcro do Papa.
Os Cardeais presentes no Vaticano estiveram reunidos diante do túmulo de João Paulo II para uma oração colectiva após a Capela papal, sob a presidência do Cardeal brasileiro Eugénio Sales de Araújo, protopresbítero do Colégio Cardinalício.
Dentro do programa das exéquias - os “novemdiales” -, em sufrágio do Papa há uma missa de sufrágio confiada a um grupo diferente, consoante a ligação que esses grupos têm ao Papa. Os Cardeais decidiram celebrar Capelas papais nos dias 9, 12 e 16 de Abril.
Durante a Missa, o Cardeal brasileiro frisou que o mistério da morte de Jesus “foi o fio condutor” do pontificado de João Paulo II. “O Santo Padre ensinou com fidelidade a doutrina de Cristo, guardada pela Igreja”, assinalou.
O arcebispo emérito do Rio de Janeiro convidou os presentes a recordarem o Papa falecido como “aquele que quis sempre mostrar-nos o Cristo, caminho da vida”.








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