O presidente iraniano,
em visita de trabalho a Viena, depois de um encontro com o seu homólogo austríaco,
Heinz Fischer, reafirmou que Teerão tem direito a aceder à tecnologia nuclear para
fins pacíficos.
Khatami instou os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e a comunidade internacional
em geral a "apoiarem com tecnologia nuclear as necessidades energéticas (electricidade)
iranianas".
O chefe de Estado iraniano condenou o desenvolvimento de armas de destruição em massa
(ADM) e acrescentou que a comunidade internacional deveria fazer mais para acabar
com a sua produção.
As acusações norte-americanas de que Teerão ambiciona possuir armas nucleares ou de
destruição em massa foram rejeitadas por Khatami porque, justificou, não existem planos
nesse sentido, como aliás con-
firmou a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
O Irão, afirmou, é subscritor do Tratado de Não Proliferação (TNP) de Armas Nucleares
e, como "sinal de boa vontade", vem colaborando com a AIEA, agência da ONU.
Quanto às negociações com a UE para dar uma saída pacífica ao contencioso nuclear,
o presidente iraniano classificou o diálogo de "muito positivo".
Relativamente ao vizinho
Iraque, Khatami considerou urgente que este país logre o mais cedo possível a unidade
nacional e seja plenamente soberano. "Um governo democrático tem de assumir o poder,
respeitando todos os grupos étnicos sem esbarrar nas facções religiosas e nos interesses
tribais", observou, numa referência clara à maioria xiita.
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