2005-04-03 11:21:19

O mundo chora João Paulo II o grande construtor da paz


A morte de João Paulo II gerou uma onda de reacções em todo o mundo, sublinhando o papel do Papa como construtor da paz.
O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, manifestou-se "profundamente contristado" com a morte do Papa, que qualificou de "infatigável advogado da paz". "Para lá do seu papel como guia espiritual de mil milhões de homens, mulheres e crianças, ele era um advogado infatigável da paz, um verdadeiro pioneiro do diálogo entre as diversas crenças e uma força para uma autoavaliação crítica da própria Igreja", disse.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, manifestou também a sua "profunda tristeza" pela morte do Papa, enaltecendo o seu papel que considerou "essencial" na reunificação da Europa e na luta pela paz. "João Paulo II ficará na História como alguém que desempenhou um papel essencial na reunificação da Europa e no progresso das ideias de liberdade e de democracia no nosso Continente. Os europeus jamais esquecerão a sua luta pela paz e pela dignidade humana", afirmou, em comunicado.
O Presidente norte-americano, George W. Bush, declarou que "o mundo perdeu um defensor da liberdade" com a morte de João Paulo II.
"A Igreja Católica perdeu o seu pastor, o mundo perdeu um defensor da liberdade humana", disse Bush a partir da Casa Branca, numa breve reacção à morte de João Paulo II.
O Presidente francês, Jacques Chirac, exprimiu a sua "profunda emoção" pela morte do Papa, sublinhando que "o luto marca profundamente a França e todos os que se reconhecem na mensagem da Igreja Católica". "Tomei conhecimento com profunda emoção da morte de Sua Santidade o Papa João Paulo II. Pela sua coragem e determinação, João Paulo II tocou os espíritos e os corações abrindo as portas da Igreja Católica às esperanças e aos sofrimento do mundo", declarou o Chefe de Estado num comunicado.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, fala numa “figura excepcional do nosso tempo” e considera o Papa “um homem sábio e responsável, aberto ao diálogo”.
O Governo israelita expressou também as suas condolências pela morte, esta noite, de João Paulo II, que considerou um verdadeiro amigo do judaísmo e de Israel. "O Papa será recordado como um verdadeiro amigo do judaísmo e do Estado de Israel, em cujo pontificado se estabeleceram as relações diplomáticas entre os dois Estados", afirmou o ministro do Interior israelita, Ofir Pines, responsável dos Assuntos Religiosos no executivo israelita.
Lech Walesa, ex-presidente da Polónia e um dos grandes amigos do Papa polaco, reagiu lembrando que João Paulo II “falou ao mundo através da sua doença e através do seu sofrimento”.
As autoridades de Roma decretaram três dias de luto nacional pela morte de João Paulo II. Também o ex-presidente da Comissão Europeia e líder da oposição italiana, Romano Prodi, manifestou o seu pesar pela morte de João Paulo II.
Em Londres, a rainha Isabel II de Inglaterra expressou o seu "profundo pesar" pela morte do Papa, indicou o palácio de Buckingham em comunicado. O Primeiro-ministro britânico, Tony Blair, declarou que o mundo perdeu na pessoa de João Paulo II um chefe religioso que era "venerado pelos povos de todas as confissões e também por todos os não-crentes".
Por sua vez, a presidente irlandesa, Mary McAleese, prestou hoje homenagem ao Papa, pedindo simultaneamente que se "celebre" a sua vida "extraordinária". O Primeiro-ministro irlandês, Bertie Ahern, elogiou a figura de João Paulo II, sublinhando que as mudanças ocorridas na Europa de leste nas últimas décadas não teriam sido possíveis sem ele.
Carlo Ciampi, presidente da Itália, afirmou que o país perdeu um grande amigo e que “choro o Papa com todos os italianos”. Silvio Berlusconi, por seu lado, manifestou-se “grato pelo trabalho contra todo e qualquer totalitarismo”.
Por sua vez, o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, saudou a memória de João Paulo II. Foi um Papa "que mudou o nosso mundo" e que jogou um papel maior no estabelecimento de uma Europa pacífica, frisou.
O presidente da Croácia considera que esta morte “é uma perda incomensurável para todo o mundo”.

América
O governo cubano expressou as suas "condolências" pela morte do Papa João Paulo II, transmitindo à comunidade católica o seu "respeito e solidariedade".
No Panamá, um comunicado do presidente Martín Torrijos sublinhou a "profunda dor" sentida pela morte do Papa, vincando o seu "papel em defesa dos mais carenciados e o trabalho pastoral realizado em todo o mundo".
Nas Honduras, o presidente Ricardo Maduro afirmou que o país "chora a morte do missionário da paz" e enviou ao cardeal Óscar Andrés Rodríguez e a todos os concidadãos sentimentos de pesar.
No Equador, o presidente Lúcio Gutiérrez frisou, em comunicado, que "o mundo perdeu uma figura histórica", cujo "exemplo de trabalho e integridade" deve ser seguido por quantos têm esperança num "mundo com menos pobreza, mais justiça e paz".
Na Colômbia, numa cerimónia em Manizales, 280 quilómetros a oeste de Bogotá, o presidente Álvaro Uribe proclamou um minuto de silêncio e designou o vice-presidente, Francisco Santos, para assistir às exéquias papais, em Roma.
Na Guatemala, em nome do governo, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Briz, anunciou o "profundo sentimento de dor" do país, que se une à "consternação" geral sentida pela morte de João Paulo II.
No Uruguai, o presidente Tabaré Vázquez remeteu uma mensagem de condolência ao Vaticano, dirigida ao decano do Colégio Cardinalício, Joseph Ratzinger. Tabaré Vázquez recordou as visitas de João Paulo II a Montevideo em 1987 e 1988, que "deixaram uma marca na existência e no sentir de todos" os uruguaios.
Na Venezuela, o presidente Hugo Chávez vincou o seu "afecto" por Karol Wojtyla e enalteceu a "humanidade" do Santo Padre, que deixou "muitos ensinamentos".
Na Argentina, o governo decretou três dias de luto, com bandeiras a meia haste nos edifícios públicos.
A Organização de Estados Americano (OEA), através de um comunicado do seu secretário-geral, Luigi Einaudi, deplorou esta "perda não só para a Igreja Católica, mas também para quantos valorizam a paz, a liberdade e a dignidade humana".
O Primeiro-ministro canadiano, Paul Martin, testemunhou também a sua "profunda tristeza" perante a morte de João Paulo II, que saudou como "um apóstolo da paz".
O presidente Lula da Silva decretou luto oficial de sete dias em todo o Brasil pela morte do papa João Paulo II, informou hoje o Palácio do Planalto. "Maior país católico do mundo, onde convivem harmonicamente pessoas de variadas crenças, o Brasil sente-se compungido pela perda de um homem que, como poucos, influiu, de forma marcante e positiva, no curso da História Contemporânea", diz o comunicado divulgado pela Presidência do Brasil.







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