Centenas de fiéis rezaram em Fatima pelo Santo Padre

Às 11 horas de hoje, na Basílica do Santuário de Fátima, centenas de pessoas participaram na missa diária pelo Santo Padre, vivida hoje com um significado especial, devido às informações que dão conta do deteriorar do estado de saúde do Sumo Pontífice.
No decorrer da homília, o presidente da celebração, Padre José Ramos da Rocha, capelão do Santuário de Fátima, fez uma reflexão sobre a vida, o testemunho e o trabalho desenvolvido por Sua Santidade o Papa João Paulo II, até à data de hoje.
De seguida, deixamos algumas palavras do sacerdote, ao serviço no Santuário de Fátima:
«Estes dias, não podemos passá-los sem fazer uma referência a esta Pedra Angular (…) de todo o edifício da Igreja, representado pelo Papa.
Em cima da minha secretária, de onde saí um pouco à pressa porque queria as últimas notícias, estavam vários papeis. (…) E as notícias, humanamente falando, não são animadoras.
Podemos calcular o que tem sido a vida de João Paulo II (nestes últimos dias).
A Santa-unção é um sacramento de vivos que o Papa, se bem me recordo, já recebeu quatro vezes. (…)
Todos nós estamos preocupados, para não dizer emocionados. (..)
Está prestes a apagar-se uma das últimas luzes que ainda brilham e falam pela paz neste mundo de guerra.
Este Papa está ligado a Fátima, não só porque atribui a Nossa Senhora o facto de se ter salvo no atentado de 13 de Maio de 1981, em Roma; não só porque escolheu como lema do seu pontificado “Todo teu Maria”; porque foi ele que fez a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, não só porque aqui quis vir (a Fátima) três vezes e porque a imagem de Nossa Senhora, também a seu pedido, foi três vezes ao Vaticano. São estes os laços que o ligam a Nossa Senhora.
(Um pouco antes da Irmã Lúcia morrer), a Irmã Lúcia confidenciou que o Papa só ia morrer quando Nossa Senhora quisesse e que os homens não se preocupassem porque Nossa Senhora cuidava dele.
Continuaremos a rezar para que a vontade de Deus se faça.
O Papa está a testemunhar o que sempre afirmou nos seus escritos (…): o valor salvifico do sofrimento. É uma lição para a vida.
Esta Papa, a sua heroicidade de sacerdote, de bispo, de papa e de santo, porque não dizê-lo, põe à prova o ateísmo dos homens que não querem que nasçam os jovens e querem que morram os velhos. (…)»
Teve início ao Meio-dia a oração do Rosário, na Capelinha das Aparições, especialmente dedicado ao Santo Padre.