Ocorre nesta terça feira o Dia Mundial da Água.
Recuperando as estatísticas que apontam a existência de 22 mil mortes diárias devidas
a doenças transmitidas pelo consumo de água poluída - tifóide, cólera, paludismo e
diarreias -, e lembrando que há actualmente 2,4 mil milhões de pessoas que não dispõem
de saneamento em casa, enquanto 1,1 mil milhões não tem sequer acesso a água potável,
a organização lança amanhã o apelo a que sejam criadas condições para que haja “água
para todos”.
Porque se trata de um bem vital, e porque a sua falta constitui a segunda causa de
mortalidade mundial (depois da fome), há cinco anos que a comunidade internacional
está empenhada no objectivo da redução do número de pessoas privadas de água em boas
condições de utilização, apelo que a ONU reitera.
Ao longo do planeta, a água não é distribuída de forma igual por todas as pessoas.
Um europeu consome em média 300 a 400 litros de água por dia, um americano mais de
600 e um africano entre 20 e 30 litros. Dados da Unesco indicam que um quarto da população
não tem acesso a água potável.
A observância internacional do Dia Mundial da Água nasceu em 1992, depois da Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro.
Nessa data, a ONU instou os países a dedicar o dia 22 de Março a actividades concretas
de promoção e sensibilização das sociedades para o problema da escassez de recursos
hídricos, quer através da distribuição de informação, quer pela realização de conferências
e eventos que estimulem esse objectivo.