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Gabriel Kassab tem esperança no futuro do Iraque e considera que os cristãos serão
“o fermento” numa sociedade iraquiana em profunda mudança.
Para o Arcebispo caldeu de Bassorá, as comunidades cristãs irão desempenhar um papel
fulcral na nova sociedade iraquiana saída das eleições de Janeiro, onde a coligação
xiita apoiada pelo Ayatollah Ali al-Sistani saiu vencedora.
“Apesar de os cristãos representarem apenas 3% da população, a influência da elite
cristã é largamente reconhecida e apreciada”, comentou D. Gabriel Kassab em entrevista
à secção inglesa da Ajuda à Igreja que Sofre.
“Verificamos que o cristianismo se torna mais reconhecido através das suas acções
concretas”, afirma o Arcebispo de Bassorá, dando o exemplo dos 14 projectos que estão
a ser dinamizados actualmente pela arquidiocese.
Estes projectos, nas áreas da assistência médica, da ajuda alimentar, na gestão de
jardins infantis e na assistência pastoral, são exemplos de uma “cooperação na adversidade,
através da caridade e da compreensão mútua” em relação às outras comunidades religiosas.
D. Gabriel Kassab, esclarece que nos 3 jardins infantis da Igreja em Bassorá, a larga
maioria dos alunos é muçulmana. As boas relações com os muçulmanos e, nomeadamente,
com o clérigo xiita de Bassorá, Sayd Ali, levam o prelado a equacionar de forma optimista
o futuro.
Actualmente, D. Gabriel Kassab estima que existam cerca de mil famílias cristã em
Bassorá. Muitas destas famílias haviam fugido para países vizinhos com receio do terrorismo,
mas estão lentamente a regressar. O prelado pede o apoio do Ocidente para garantir
a continuidade da presença cristã no Médio Oriente, de forma a que os cristãos “possam
vir ser o fermento no interior da sociedade que agora está a nascer”.
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