2005-03-17 12:54:03

Apoiar o Tribunal Penal Internacional e relançar culturalmente o valor da lei natural


Prossegue no Vaticano a conferencia organizada pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz sobre o tema "O apelo à justiça: a herança da Gaudium et Spes a 40 anos da sua promulgação.
O objectivo da Conferência é examinar a abrangência do magistério social do Concílio, principalmente na sua relação entre “justiça e vocação à plena humanidade”.Nas intervenções na abertura dos trabalhos ontem á tarde foi relançada a defesa dos direitos humanos, invocada justiça para todos, e lançadas algumas propostas
Dum lado o card. Renato Martino solicitou como uma necessidade que todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU subscrevam o tribunal penal internacional com implícita referencia aqueles países que se atrasam em assumir tal empenho, como a China e os Estados Unidos. O purpurado insistiu que todos devem sentir-se protegidos dos crimes contra a humanidade, torturas e genocídios.
O card. Secretário de estado Ângelo Sodano ,por seu lado recordou que uma das tarefas principais que hoje podemos assumir consiste em relançar culturalmente o valor da lei natural, como condição da verdadeira liberdade humana e como ocasião de diálogo entre os homens no reconhecimento comum de um quadro de valores partilhado. Partilhados porque verdadeiros e não verdadeiros porque são partilhados. Propostas que brotam das dinâmicas internacionais actuais mas que se enraízam na tradição da doutrina social da Igreja e em particular nos fundamentos do magistério de João Paulo II.
Como pano de fundo deste encontro encontra-se precisamente um dos principais ensinamentos de João Paulo II:”não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão”.
E precisamente o Papa na mensagem dirigida aos participantes quis articular o conceito recordando a relação inseparável entre paz, justiça e perdão. A urgência é quanto mais advertida hoje perante os conflitos armados e as manifestações de violência em muitíssimas partes do mundo que constituiriam ao contrario a prova da inseparável relação entre justiça e paz, como escreve o Papa.







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