Jesuitas ensinam português aos refugiados angolanos
Ensinar português para devolver a esperança aos refugiados angolanos que regressam
à pátria após 27 anos de guerra civil é o objectivo de um projecto do Serviço Jesuíta
aos Refugiados (JRS).
O número de “alunos” aumentou significativamente em 2005, com 4 mil inscritos em Luau,
6 mil e em Cazombo e 300 em Luena. Em 2003, quando a iniciativa arrancou, o total
de pessoas ajudadas era apenas de 600.
O projecto conta com a ajuda do Alto Comissariado para os Refugiados da ONU (ACNUR),
dada a importância de se falar a língua oficial do país em ordem à reintegração na
sociedade.
“Não falar português é um problema, especialmente para as crianças, porque sem o conhecimento
da língua não podem aceder ao sistema escolar angolano”, explica à agência Misna Nelito
Fortuna, director do projecto do JRS em Cazombo.
Desde Junho de 2004, o ACNUR desenvolve um programa de regresso voluntários dos refugiados
a Angola, que já trouxe de volta ao país quase 10 mil pessoas a Cazombo, a que se
juntam 2 mil que fizeram o caminho de regresso por iniciativa própria.