Europa e EUA apoiam campanha a favor dos bispos chineses
A campanha promovida pela agência AsiaNews em favor da libertação de 19 Bispos e 18
padres detidos pelo governo chinês recebeu por estes dias a adesão do Parlamento Europeu
e da Conferência Episcopal dos EUA (USCCB).
Representantes da USCCB pediram informações ao governo da República Popular da China
sobre a situação dos membros da Igreja que foram encarcerados ou que são impedidos
de exercer seu ministério nesse país. Numa carta dirigida ao embaixador Yang Yechi,
o presidente da Comissão para Política Internacional do episcopado norte-americano
refere que “eles são cidadãos chineses responsáveis e autenticamente patrióticos,
que merecem um melhor tratamento que o de simples criminosos”.
O bispo John H. Ricard recorda ao embaixador que em 2004 lhe enviou três cartas pedindo
informações deste tipo sobre nomes de bispos e sacerdotes, mas ainda não recebeu “nenhum
tipo de resposta”.
“Hoje estendo os meus pedidos de informação sobre o clero encarcerado e envio uma
lista de bispos e sacerdotes presos, sob controlo ou que são impedidos de exercer
o seu ministério”, afirma a carta.
A agência AsiaNews, do Instituto Pontifício para as Missões Estrangeiras (PIME), o
Centro do Espírito Santo de Hong Kong e outros sites cristãos da Europa lançaram esta
campanha a favor da libertação destes sacerdotes e bispos.
A iniciativa foi apresentada ao Parlamento Europeu e Mario Mauro, vice-presidente
do organismo, pediu aos eurodeputados uma “iniciativa de urgência” em favor dos membros
da Igreja.
“Temo que na China esteja em curso uma verdadeira acção de ‘purificação’ religiosa,
na qual quem reconhece o Papa e o Vaticano é marginalizado ou preso”, escreve Mauro
numa mensagem a Hans-Gert Poettering, presidente do Partido Popular europeu.
“O Parlamento Europeu não pode permanecer indiferente perante esta situação dramática”,
conclui.