Perante
a tragedia diária dos refugiados do continente africano, a comunidade internacional
tem o dever de intervir sem demoras.
“A situação precária e trágica dos milhões de pessoas afastadas à força das suas próprias
aldeias e terras exige decisões concretas e solícitas, a fim de aliviar o seu sofrimento
e desespero”, alertou o representante da Santa Sé na 32ª reunião do comité permanente
do ACNUR, decorrido de 8 a 11 de Março em Genebra.
D. Fortunatus Nwachukwu declarou que a comunidade internacional “não pode adiar para
depois uma resposta que já deveria ter dado há muito tempo”.
“Os atrasos implicariam a aceitação de um padrão duvidoso na solidariedade, à custa
dos ‘sem voz’ e das populações mais marginalizadas”, acusou.
O
representante da Santa Sé sublinhou a situação de crise humanitária no Darfur (região
ocidental do Sudão), que classificou como “crítica”. Mais de dois milhões de pessoas
tiveram de abandonar as suas casas e, pelo menos, 100 mil morreram desde o início
da crise no Darfur, em 2003.
O prelado denunciou que todos os dias “são perpetrados ataques brutais e violentos,
juntamente com violações dos Direitos Humanos” e assegurou que o número de observadores
da União Africana no terreno (apenas 1800 dos 3300 previstos) “é insuficiente”.
“As autoridades sudanesas não parecem capazes ou em condições de defender os direitos
do seu próprio povo”, concluiu.
O
ACNUR actua junto de 17 milhões de refugiados, em 116 países.
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