2004-11-25 16:24:44

Segundo UNICEF, faltam 60 milhões de mulheres no mundo


Berlim, 24 nov (RV)- Faltam no mundo cerca de 60 milhões de mulheres, bebês que foram abortados, assassinados ou vítimas de maus-tratos por serem do sexo feminino. Este são os dados indicados no relatório apresentado ontem, em Berlim, pelo Fundo Mundial das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (UNICEF).

Em uma conferência organizada em colaboração com a Fundação Friedrich-Ebert, intitulada "Tornar as meninas fortes", o UNICEF denunciou com especial veemência a situação na Ásia, onde a violência contra as menores, aliada à prostituição, são ingredientes de um panorama de horror.

O UNICEF calcula que, a cada ano, morrem no sudeste asiático um milhão de meninas pouco depois de nascer ou antes de completar um ano.

A este cálculo global de recém-nascidas que morrem, acrescenta-se que, no Paquistão, por exemplo, uma média de 500 mulheres ao ano são assassinadas "pela honra" da família e, na Índia, elas são queimadas vivas. Neste país, uma mulher morre desta forma a cada seis horas.

Na conferência, ressaltou-se a situação em Bangladesh, onde nos últimos quatro anos foram deformadas com ácido pelo menos 1.156 meninas e mulheres.

Assim, segundo a organização, na Índia faltam cerca de 40 milhões de mulheres; cinco milhões em Bangladesh; entre quatro e oito milhões no Paquistão e, na China, apesar ter sido abolida a política de um único filho por casal, no registro de recém-nascidos continua a alarmante diferença entre homens e mulheres.

A conferência de Berlim, da qual participa uma centena de delegadas, se concluirá com um "Manifesto pelas meninas" e contra a violação de seus direitos humanos. (CM)








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