2004-11-25 16:39:01

Após Conferência sobre o Iraque, Patriarca caldeu de Bagdá pede mais ação e menos palavras


Bagdá, 25 no (RV)- O Patriarca de Babilônia dos Caldeus de Bagdá, Dom Emanuele III Delly, comentou a Conferência sobre o Iraque, realizada terça-feira em Sharm el-Sheikh (Egito). O Patriarca pediu mais ação e menos palavras, e denunciou que “as condições de vida no país são terríveis”. Segundo o líder da maior comunidade cristã no Iraque, “a população chegou a uma situação extrema”.


Participaram da Conferência sobre o Iraque 20 ministros do Exterior, as Nações Unidas, a União Européia, o G8, a Liga Árabe e a Conferência Islâmica. Durante o encontro, ressaltou-se a necessidade de se realizar eleições gerais no Iraque na data prevista (30 de janeiro de 2005).


Neste momento, numa população de 22 milhões de habitantes, o número de cristãos no Iraque é de cerca de 750 mil. Destes, 70% fazem parte da Igreja Católica.

Enquanto isso, a população da cidade iraquiana de Falluja recebeu tratamento médico e remédios oferecidos pela Caritas no país. Dois caminhões partiram da sede central da Caritas Iraque, em Bagdá, para o hospital público de Falluja, com equipes da organização. A ofensiva lançada sobre a cidade de Fallujah a partir de 8 de novembro desencadeou fortes combates. A situação fez com que grande parte da população civil fugisse.


O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) também manifestou sua preocupação com o "impacto devastador" que a guerra do Iraque vem provocando sobre o segmento mais vulnerável da sociedade: as crianças.

A diretora-executiva do UNICEF, Carol Bellamy, advertiu que a instabilidade e os prolongados combates, em diferentes localidades do Iraque, vem causando danos profundos nas crianças iraquianas. De acordo com Bellamy, além de viverem no meio da insegurança e da violência, as crianças iraquianas sofrem ainda as conseqüências da falta de serviços básicos, de água potável, de assistência médica e de instalações sanitárias adequadas.

De fato, um novo relatório da agência, divulgado em Nova York, indica que centenas de milhares de crianças iraquianas estão sofrendo "efeitos severos" de doenças e com a subnutrição.


O trabalho humanitário no Iraque está praticamente paralisado, pois as agências de ajuda humanitária acabaram se transformando em alvos do terrorismo, o que as obriga a atuar "à distância", a partir de países vizinhos. (CM)








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