Cardeal Renato Martino convida a deter o "mal comum" da guerra com a força do "bem comum" da paz

Cidade do Vaticano, 22 nov (RV)- Um prêmio de paz dedicado às crianças vítimas da guerra, porque são elas o símbolo inocente de um “mal comum” absurdo e intolerável, que ensangüenta tantas partes do planeta.

O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Renato Martino, dirigiu um pensamento às crianças atingidas pelos conflitos ao receber, ontem à tarde, em Pistoia, no centro da Itália, o Prêmio internacional da paz 2004, instituído pelo Centro de Estudo “José Donati”, em memória de Giorgio La Pira, do qual se celebra o centenário de nascimento.

Na motivação do prêmio, o purpurado é definido como uma “testemunha evangélica do bem do povo, do homem, dos povos, cuja mensagem é centralizada nos direitos do homem, com os auspícios da civilização do amor”.

“Se a paz é quase sinônimo de bem comum universal _ foi a reflexão do Cardeal Martino _, a violência coletiva e a guerra constituem indubitavelmente um mal comum e, normalmente, um mal infinitamente mais grave que os eventuais bens e vantagens particulares, que poderiam procurar os próprios vencedores.”

O Cardeal disse, portanto, que “chegou para toda a humanidade o momento de colocar um fim, uma vez por todas, a esse mal comum; a exigência de superar esse estágio, em tantos aspectos pré-humano da nossa história, se impõe sempre mais como uma instância ética fundamental”.

A cerimônia de premiação, realizada na Sala Nobre da Prefeitura de Pistoia, teve a participação também de outras personalidades, entre as quais o Dr. Amos Luzzatto, presidente da União das Comunidades judaicas italianas, e o Frei Ibrahim Faltas, custódio da Basílica da Natividade, em Belém, agraciados com os Prêmios da Cultura e da Solidariedade. (RL)