2004-11-19 20:18:31

JPII aconselha os líderes católicos da Ásia "testemunho e esperança" na expectativa da plena liberdade religiosa


Cidade do Vaticano, 19 nov (RV)- "O fato de a Igreja na Ásia ser um "pequeno rebanho" não deve levar ao desânimo, porque a eficácia da evangelização não depende dos números": foi o que disse o Papa, recebendo em audiência esta manhã, no Vaticano, os participantes da VIII Reunião do Conselho da Secretaria-geral do Sínodo dos Bispos, para a Assembléia Especial para a Ásia, realizada em 1998.

JPII indicou aos católicos na Ásia, o caminho do "diálogo frutuoso" numa realidade "multiétnica, multirreligiosa, multicultural, onde o Cristianismo é muitas vezes visto como estrangeiro".

Portanto, "apesar dos obstáculos" _ observou o Papa _ o diálogo "deve progredir", se a Igreja quiser "pregar o Evangelho na sua integridade", conduzida pelo Espírito Santo, "agente primário de inculturação da fé cristã". "Um itinerário a ser percorrido com paciência e coragem também em relação às outras comunidades cristãs".

"A Igreja _ acrescentou JPII _ quer contribuir para a paz na Ásia, abalada por conflitos e terrorismo, de modo particular na Terra Santa, "coração do Cristianismo" e cara a todos os filhos de Abraão." Uma missão "urgente" e "nada fácil que espera a contribuição de todos os homens de boa vontade".

Por fim, o Santo Padre exortou todos os cristãos na Ásia a viverem a fé em todos os aspectos de sua vida, "imitando os santos e os mártires", que deram "o extremo testemunho do sangue".

Acerca dos desafios que a Igreja enfrenta na Ásia, eis o que nos disse Dom Michel Sabbah, Patriarca Latino de Jerusalém...

Dom Michel Sabbah:-"Concordamos que existe uma grande necessidade de uma nova evangelização, e uma nova evangelização supõe uma conversão daqueles que anunciam. Supõe também a conversão dos chefes políticos do Ocidente, alguns dos quais se declaram cristãos e, conseqüentemente, devem se comportar como tais. Portanto, uma segunda evangelização comporta muitos elementos, quer entre os cristãos asiáticos, quer entre os cristãos do Ocidente. É preciso conhecer o continente asiático, respeitar suas tradições, e respeitar a justiça, dialogando com o povo ou com os povos como tais. É preciso uma verdadeira conversão de todos os cristãos."

P. Dom Sabbah, porque a fé cristã tem dificuldade _ exceto em alguns países _ de penetrar no mundo asiático?

Dom Michel Sabbah:- "Eu creio que a fé em Jesus Cristo deve ser proposta do mesmo modo simples como Jesus a propôs a seus apóstolos. Ora, o próprio Jesus encontrou uma forte oposição e, portanto, neste caso, a fé cristã supõe uma revolução nas atitudes, nos comportamentos, nas estruturas sociais também." (RL)








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