Fundamentalistas no Iraque fazem "terrorismo psicológico" contra cristãos

Bagdá, 12 nov (RV)- Paralelamente aos atentados contra suas igrejas, os cristãos iraquianos sofrem outro tipo de terrorismo: o "terrorismo psicológico", como denunciou Pe. Nizar Semaan, sacerdote da diocese de Mosul.

Pe. Semaan diz que os fundamentalistas islâmicos realizam no Iraque "uma matança cultural e psicológica", ao obrigar os cristãos "a se comportar contrariamente ao que desejam". Um exemplo é a perseguição que sofrem as jovens cristãs, que recebem constantes ameaças por meio de panfletos afixados ou distribuídos às portas de Universidades ou igrejas.

"Nunca me cansarei de pedir aos líderes do mundo árabe, uma condenação clara contra o terrorismo, o que até agora não aconteceu" _ afirmou o sacerdote de origem síria. Ele acrescentou que os jornais árabes informam sobre os atentados terroristas em tom triunfalista, "em vez de fomentar um isolamento social" dos mesmos.

Denúncias de ameaças e assaltos também chegam do Patriarcado caldeu de Mosul. Fontes do Patriarcado afirmam que a única solução é o isolamento dos extremistas, e informam que se dirigiram "aos chefes muçulmanos, para que possamos viver em paz uns com outros, porque não queremos que uma minoria de extremistas danifique a imagem de tolerância religiosa e pacífica". (MZ)