2004-11-12 19:21:15

Prêmios Nobel da Paz assinarão declaração conjunta em prol de um mundo pacífico


Roma, 11 nov (RV)- Os Prêmios Nobel da Paz, reunidos em Roma em sua quinta reunião anual, comprometeram-se a elaborar uma "declaração por um mundo pacífico", com propostas e iniciativas para desterrar a violência e as guerras que afligem a humanidade.

A proposta foi lançada na sessão inaugural, pelo Nobel e ex-presidente soviético Mikhail Gorbatchev, cuja fundação organiza, junto com a Prefeitura de Roma, esse encontro periódico.

Os demais participantes da reunião _ Lech Walesa, Rigoberta Menchú, Adolfo Pérez Esquivel, Betty Williams e representantes da Anistia Internacional, do UNICEF (Fundo das NN.UU. para a Infância) e do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, entre outros _ acolheram de bom grado a iniciativa.

Gorbatchev disse que, para afrontar os três desafios principais do século XXI _ segurança, pobreza e meio ambiente _ é necessário envolver toda a humanidade, para que se "crie uma paz duradoura e comum e não uma "pax norte-americana"."

Após a Guerra Fria _ lamentou Gorbatchev _ o processo de desarmamento nuclear foi-se enfraquecendo e a "onda democrática" dos anos 80 se viu interrompida por uma "onda regressiva, com pessoas desiludidas que visam, por vezes, instâncias violentas e extremistas".

Após ter citado o assassinato do Presidente norte-americano John Kennedy e de ter reivindicado os ensinamentos reformistas da "perestrojka" (reestruturação), que ele mesmo colocou em prática como último líder soviético, Gorbatchev destacou que a "verdadeira paz deve ser dinâmica e resultar dos esforços comuns, com o envolvimento da sociedade civil".

O ex-presidente da Coréia e Nobel da Paz-2000, Kim Dae Jung, referiu-se, em seu pronunciamento, ao papel que os EUA devem desempenhar no processo de integração do mundo, e pediu a liberdade de Aung San Suu Kyi, filha do herói da independência da Birmânia Aung San.

A mesma solicitação foi feita pelo Prefeito de Roma, Walter Veltroni, em favor da política colombiana Ingrid Bettancourt, em mãos da guerrilha há três anos. Veltroni destacou que, para construir a paz no mundo, se deve derrotar primeiro a pobreza, "porque as guerras, a violência e o terrorismo não são apenas conseqüências do fundamentalismo político ou religioso, mas sim das desigualdades e das frustrações". (MZ)








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