A confiança em Deus salva o homem dos falsos ídolos: a catequese do Papa na Audiência Geral desta quarta-feira

Cidade do Vaticano, 10 nov (RV)- São três os falsos ídolos que podem impedir o homem de depositar a sua confiança em Deus: a violência _ com seu rastro de guerra e delitos; o roubo _ que se expressa nas injustiças sociais, como a usura e a corrupção; e o acúmulo de riquezas entendidas como ídolo da alma.

Na Audiência Geral desta manhã, na Sala Paulo VI, no Vaticano, JPII condenou esses três falsos ídolos como uma "tríade diabólica", segundo o espírito e as palavras do Salmo 61, ponto central de sua catequese.

O Papa ressaltou aos cerca de 13 mil fiéis e peregrinos provenientes de todas as partes do mundo, presentes na Audiência Geral, as palavras do Salmo 61 que condenam essa "tríade diabólica" contrária, afirmou, "à dignidade do homem e à convivência social".

"O primeiro falso deus é a violência, à qual _ disse _ a humanidade continua infelizmente a recorrer em nossos dias ensangüentados."

E existe o trágico "cortejo" da violência, que se expressa na guerra, torturas, prevaricações e "assassinatos ferozes infligidos _ acrescentou o Pontífice _ sem nenhum remorso".

O segundo ídolo, o roubo, que assume múltiplas faces, "da extorsão à usura, da injustiça social à corrupção política e econômica".

O terceiro ídolo é a riqueza: aquela à qual "o coração se apega", e que induz o homem a se iludir de salvar-se da morte.

O Papa definiu essa tríade diabólica como pseudo-valores frágeis e inconsistentes, e exortou os cristãos a se orientar "sobretudo em direção a outra confiança, aquela que depositamos no Senhor, fonte de eternidade e de paz" e "artífice de justiça". (RL)