Roma, 29 out (RV)- O Procurador-geral do Estado italiano, Antonio Palatiello, defendeu, perante o Tribunal Constitucional, a presença do crucifixo nas escolas públicas "pelo bem do país", diante do pedido de uma mãe de família que pediu seu veto.
Segundo Palatiello, o crucifixo "é o sinal" da aliança especial entre o Estado e a Igreja e "não de uma preferência por uma religião".
O advogado acrescentou que se trata do "sinal visível dessa aliança para a promoção do homem e o bem do país", considerando que a Igreja é o "único sujeito do Direito Internacional mencionado na Constituição".
O artigo em questão destaca que "O Estado e a Igreja são independentes e soberanos", além disso, adiciona que "todas as confissões religiosas são livres perante a lei". "Seria pelo menos desconcertante que o Estado, depois de ter declarado essa aliança especial (com a Igreja), possa ter vergonha de expor o emblema", sustentou o advogado.
O caso será resolvido em um mês e responderá ao pedido do Tribunal Administrativo de Veneza (nordeste da Itália) que recorreu ao Tribunal Constitucional para que se pronunciasse sobre o caso de uma mãe de família de Pádua, que apresentou uma denúncia contra a escola de seu filho, que expõe símbolos religiosos.
No ano passado Adel Smith, de 43 anos, controvertido dirigente da "União de muçulmanos da Itália" exigiu a retirada de todos os crucifixos das escolas públicas, mas seu pedido foi desprezado por uma Corte local. (MZ)
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