2004-10-29 19:55:17

Iraque: sacerdote pede objeção de consciência a capelães


Bagdá, 28 out (RV)- Os capelães militares e soldados católicos "devem ter direito à objeção de consciência", em particular, quando se trata de participar de "uma infame guerra preventiva, como a guerra no Iraque". É o que defende um sacerdote da Diocese italiana de San Severo, Pe. Dino D’Aloia.

"Digo isso _ ressalta o sacerdote _ sobretudo aos capelães do exército norte-americano e inglês: não foi feito nenhum convite aos soldados e aos capelães à objeção de consciência. Todos partiram para aquela infame guerra preventiva."

Para Pe. D’Aloia, "o capelão infelizmente participa da retórica que justifica a guerra e os soldados norte-americanos pela manhã vão à missa, tomam café e depois, partem a bordo de aviões de combate para jogar bombas sobre os iraquianos, com a impressão, de certa forma, de ter Deus da sua parte".

"Não teria, portanto, chegado o momento _ pergunta-se o sacerdote _ de invocar abertamente a objeção de consciência para os militares e capelães? É chegado o tempo de resolver essa contradição que se faz cada vez mais dilacerante."

"Hoje que o magistério dos papas se faz sempre mais firme na condenação às guerras, ou pelo menos à maior parte delas, nós devemos nos perguntar se ainda é sensato e coerente que a um soldado (que se considera católico) e a um capelão não se deva pedir formalmente, pelo menos em casos de guerras abertamente condenadas pela comunidade cristã, a objeção de consciência à intervenção militar, em obediência à voz do Papa e da própria consciência."

Pe. D’Aloia chega a pedir que os capelães "saiam da estrutura militar, que os atrela a uma lógica que não se concilia com o seu ser homens de paz".

"Somente assim poderão ser livres para colocar em prática os ensinamentos do Papa, isto é, o dever de defender a paz sempre e em todo lugar" _ conclui o sacerdote da Diocese de San Severo. (RL)








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