Bagdá, 28 out (RV)- Os capelães militares e soldados católicos "devem ter direito à objeção de consciência", em particular, quando se trata de participar de "uma infame guerra preventiva, como a guerra no Iraque". É o que defende um sacerdote da Diocese italiana de San Severo, Pe. Dino D’Aloia.
"Digo isso _ ressalta o sacerdote _ sobretudo aos capelães do exército norte-americano e inglês: não foi feito nenhum convite aos soldados e aos capelães à objeção de consciência. Todos partiram para aquela infame guerra preventiva."
Para Pe. D’Aloia, "o capelão infelizmente participa da retórica que justifica a guerra e os soldados norte-americanos pela manhã vão à missa, tomam café e depois, partem a bordo de aviões de combate para jogar bombas sobre os iraquianos, com a impressão, de certa forma, de ter Deus da sua parte".
"Não teria, portanto, chegado o momento _ pergunta-se o sacerdote _ de invocar abertamente a objeção de consciência para os militares e capelães? É chegado o tempo de resolver essa contradição que se faz cada vez mais dilacerante."
"Hoje que o magistério dos papas se faz sempre mais firme na condenação às guerras, ou pelo menos à maior parte delas, nós devemos nos perguntar se ainda é sensato e coerente que a um soldado (que se considera católico) e a um capelão não se deva pedir formalmente, pelo menos em casos de guerras abertamente condenadas pela comunidade cristã, a objeção de consciência à intervenção militar, em obediência à voz do Papa e da própria consciência."
Pe. D’Aloia chega a pedir que os capelães "saiam da estrutura militar, que os atrela a uma lógica que não se concilia com o seu ser homens de paz".
"Somente assim poderão ser livres para colocar em prática os ensinamentos do Papa, isto é, o dever de defender a paz sempre e em todo lugar" _ conclui o sacerdote da Diocese de San Severo. (RL)
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