2004-10-23 17:10:06

Cardeal Poupard e Superior-geral dos Jesuítas inauguram Congresso Internacional sobre Pe. Theillard de Chardin


Roma, 22 out (RV)- Um Congresso Internacional em curso em Roma e Assis, que se encerrará no próximo domingo, traz novamente à ribalta a figura do jesuíta e paleontólogo francês, Pe. Theillard de Chardin, acusado de "panteísmo". O evento realiza-se a quase 50 anos de sua morte, ocorrida em Nova York, em 1955.

A leitura de suas obras foi proibida pelo ex-Santo Ofício, por anos a fio.

A iniciativa, promovida e inaugurada pelo Cardeal francês Paul Poupard, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, e pelo Superior-geral dos Jesuítas, Pe. Peter-Hans Kolvenbach, antecipa o cinqüentenário da morte de Pe. Chardin, que terá lugar em 2005.

Em 1958, as obras de Pe. Theillard Chardin eram retiradas das bibliotecas das congregações religiosas masculinas e femininas, por indicação do ex-Santo Ofício. Em junho de 1962, um documento do mesmo organismo vaticano _ hoje não mais existente _ reafirmava (eram os tempos do papado de João XXIII) a necessidade de "defender os espíritos, particularmente dos jovens, dos perigos contidos nas obras de Pe. Theillard de Chardin e de seus discípulos".

A proibição contra as obras de Pe. Chardin foi mantida não obstante, numa entrevista concedida em 1951, ele tivesse afirmando: "Eu me situo no exato oposto, tanto em relação ao totalitarismo social, que conduz a um ninho de cupins, quanto em relação ao panteísmo hinduísta, que conduz a uma fusão e a uma identificação entre os seres."

As obras de Pe. Theillard de Chardin, traduzidas em numerosas línguas, levaram, pouco a pouco, à sua reabilitação, reconhecida em uma carta do então Cardeal Secretário de Estado, Agostino Casaroli, em 1982.

Outro sinal encorajador da reabilitação de Pe. Theillard de Chardin foi a retomada da publicação da revista nele inspirada _ "O futuro do homem" _ no curso do ano 2000, em pleno Ano Santo Jubilar.

Permanece o fato, todavia, que numerosos sites web ligados à Nova Era o têm como uma espécie de patrono e precursor. Inútil frisar _ como o tem feito com insistência, o francês Lepoutre, estudioso de Pe. Chardin _ que o jesuíta jamais teve qualquer interesse em relação à astrologia e a parapsicologia, como divulgam os sites da Nova Era. (AF)








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