2004-10-21 18:32:45

Ataques às igrejas "era mais do que uma mensagem" afirma Núncio Apostólico no Iraque


Bagdá, 20 out (RV)- "O ataque do último sábado às igrejas "era mais do que uma mensagem" à comunidade cristã. Na época de Saddam, a situação era crítica, pois já havia perseguição... mas em compensação, os cristãos se sentiam mais seguros do que hoje, pois o regime garantia a ordem e o controle de todos os aspectos da vida do país: social, político e religioso."

Foi o que declarou o Núncio Apostólico em Bagdá, Dom Fernando Filoni, em declarações à agência AsiaNews, sobre as dificuldades e perseguições sofridas pelos cristãos iraquianos na história, destacando a firme intenção dos mesmos de permanecer no Iraque e reconstruir o país: "São filhos dessa terra e não querem ir embora" _ disse.

De fato, não é a primeira vez que os cristãos são intimidados. As perseguições começaram no século passado. Durante a 1ª Guerra Mundial, centenas de milhares de cristãos foram massacrados em episódios que se sucederam nas últimas décadas, na região do Curdistão, norte do país.

No entanto, o Comitê dos Ulemás, máxima autoridade sunita em matéria de lei e religião, encontrou-se com uma delegação de líderes cristãos e criticou os ataques contra as cinco igrejas de Bagdá.

Num comunicado, o comitê sunita congratula-se também com os líderes de diversas comunidades cristãs, por terem criticado _ compactos _ a agressão norte-americana contra mesquitas, na última semana. O comitê se refere às buscas efetuadas por soldados da coalizão anglo-norte-americana na cidade sunita de Ramadi e em toda a região a oeste de Bagdá, à procura de rebeldes. (CM)








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