Teerã, 06 out (RV)- Para a pequena comunidade católica iraniana, assim como para outras minorias religiosas, a vida continua muito difícil no Iraque, apesar das melhoras registradas, se compararmos aos primeiros anos da revolução khomeinista.
Foi o que revelou Cindy Wooden, correspondente do “Catholic News Service”, numa longa reportagem sobre a situação religiosa no Irã, país que visitou em setembro passado. Durante a sua permanência ali, a jornalista norte-americana pôde entrevistar diversos expoentes religiosos, sobretudo alguns sacerdotes católicos. Nenhum bispo local aceitou conceder entrevistas.
“Conseguimos sobreviver _ explicou um dos entrevistados _ graças à nossa discrição.” O exercício do culto no Irã só é permitido privadamente, enquanto as atividades catequéticas nas paróquias devem ser desenvolvidas com extrema discrição, parar evitar a acusação de proselitismo, rigidamente proibido no país.
A Igreja Católica dirige atualmente três escolas (quando antes de 1979 eram 32) que devem inclusive cumprir a obrigação de ensinar os fundamentos do Islamismo aos alunos.
Os dados oficiais do Anuário Pontifício falam de 25 mil católicos (entre latinos, caldeus e armênios), mas na realidade talvez sejam bem menos: em torno de 10 mil numa população de 69 milhões de habitantes.
Quando podem, os cristãos emigram, como confirma o recente relatório anual do Departamento de Estado norte-americano sobre a liberdade religiosa no mundo. Esse dado é o que mais preocupa a Santa Sé, que conta com essa pequena presença cristã, para encorajar uma mudança moderada no regime teocrático de Teerã. (MZ)
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