2004-10-07 16:57:24

Pequeno grupo de católicos convidado pela Igreja a lutar pela mudança do regime teocrático


Teerã, 06 out (RV)- Para a pequena comunidade católica iraniana, assim como para outras minorias religiosas, a vida continua muito difícil no Iraque, apesar das melhoras registradas, se compararmos aos primeiros anos da revolução khomeinista.

Foi o que revelou Cindy Wooden, correspondente do “Catholic News Service”, numa longa reportagem sobre a situação religiosa no Irã, país que visitou em setembro passado. Durante a sua permanência ali, a jornalista norte-americana pôde entrevistar diversos expoentes religiosos, sobretudo alguns sacerdotes católicos. Nenhum bispo local aceitou conceder entrevistas.

“Conseguimos sobreviver _ explicou um dos entrevistados _ graças à nossa discrição.” O exercício do culto no Irã só é permitido privadamente, enquanto as atividades catequéticas nas paróquias devem ser desenvolvidas com extrema discrição, parar evitar a acusação de proselitismo, rigidamente proibido no país.

A Igreja Católica dirige atualmente três escolas (quando antes de 1979 eram 32) que devem inclusive cumprir a obrigação de ensinar os fundamentos do Islamismo aos alunos.

Os dados oficiais do Anuário Pontifício falam de 25 mil católicos (entre latinos, caldeus e armênios), mas na realidade talvez sejam bem menos: em torno de 10 mil numa população de 69 milhões de habitantes.

Quando podem, os cristãos emigram, como confirma o recente relatório anual do Departamento de Estado norte-americano sobre a liberdade religiosa no mundo. Esse dado é o que mais preocupa a Santa Sé, que conta com essa pequena presença cristã, para encorajar uma mudança moderada no regime teocrático de Teerã. (MZ)








All the contents on this site are copyrighted ©.