2004-09-27 17:46:32

Papa pede paz e o fim das tensões no continente africano, no encontro com Núncios Apostólicos na África


Castel Gandolfo, 25 set (RV)- A África dos dramas, da miséria e das guerras esquecidas precisa de pastores zelosos e fiéis e de “testemunhas de comunhão” que reforcem, para além das divisões, o sentido de pertença ao único povo de Deus.

Esses foram alguns dos pensamentos que JPII dirigiu, esta manhã, em Castel Gandolfo, aos representantes pontifícios que atuam no continente africano, reunidos nestes dias, na Casa Santa Marta, no Vaticano, para um encontro, a dez anos da Assembléia Especial para a África, do Sínodo dos Bispos.

O evento, presidido pelo Cardeal Angelo Sodano e realizado com a participação dos responsáveis da Secretaria de Estado e dos organismos vaticanos, contou com a presença de 25 núncios apostólicos, empenhados desde quinta-feira passada até hoje, sábado, em discussões e debates sobre a situação política, econômica e social do continente negro, assim como sobre a situação religiosa e eclesial.

“Testemunhas de comunhão”: um compromisso que requer dos bispos africanos uma grande perseverança. E ao falar de testemunhas, o Papa abriu a audiência recordando o Arcebispo Michael Courtney, Núncio Apostólico em Burundi, assassinado em dezembro de 2003.

Desempenhou “com generosidade e fidelidade a sua missão” naquela martirizada Nação, disse o Papa acrescentando: “Possa o seu testemunho heróico infundir renovado vigor naqueles que trabalham pela paz em Burundi e em todo o continente africano!”

Vigor, unido a “dedicação e sabedoria”, que não faltam aos representantes da Igreja presente na África, reconheceu com gratidão JPII.

“Sei que vocês realizam seu serviço com zelo e fidelidade, em meio a situações difíceis, partilhando os sofrimentos e os dramas das Igrejas e das populações às quais vocês foram enviados”, disse o Santo Padre aos núncios, reconfirmando aos representantes pontifícios a sua própria proximidade, assim como a da Cúria Romana.

A Igreja africana, observou, “deve confrontar-se com antigos e novos problemas, mas é também aberta a grandes esperanças”, que os pastores são chamados a acompanhar para o desenvolvimento social e eclesial das várias populações.

“Continuem com todo empenho _ concluiu o Papa _ a ser testemunhas de comunhão, favorecendo a superação das tensões e das incompreensões, a vitória sobre a tentação do particularismo, o reforço do sentido de pertença ao único e indiviso Povo de Deus.” (RL)








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