2004-09-27 17:43:49

Inaugurado em Brescia, encontro internacional sobre os 40 anos da declaração conciliar “Dignitatis Humanae”


Brescia, 25 set (RV)- No dia 7 de dezembro de 1965, o Concílio Vaticano II aprovava por ampla maioria, a declaração “Dignitatis Humanae” (a Dignidade Humana), um documento de poucas páginas, talvez menos conhecido do que outras constituições conciliares, mas que nos dez anos sucessivos se tornaria igualmente revolucionário e teria inspirado também a ação de JPII.

Com a finalidade de discutir e aprofundar a reflexão sobre essa declaração conciliar, teólogos e juristas provenientes de todas as partes do mundo encontram-se reunidos em Brescia, norte da Itália, participando do encontro organizado pelo Instituto Paulo VI.

Brescia é a terra natal de Giovanni Battista Montini, o Papa Paulo VI.

Foi justamente Papa Montini, recordou o Cardeal Paul Poupard, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, que preside o encontro, quem quis fortemente essa declaração sobre a dignidade humana, que encontra na liberdade religiosa a sua expressão máxima.

Muitos padres conciliares, explicou o purpurado, eram como prisioneiros das condenações expressas pela Igreja no século XIX, contra o laicismo e o indiferentismo religioso. Ao invés, Paolo VI soube mostrar que o reconhecimento do primado da consciência individual aberta à verdade é a base da dignidade da pessoa humana.

A declaração conciliar “Dignitatis Humanae” deu novo vigor à ação diplomática da Santa Sé em defesa da liberdade religiosa, que levou à declaração sobre os Direitos Humanos de Helsinque, de 1975, subscrita também pela então União Soviética. Um documento marcado pelo heróico testemunho de tantos pastores e fiéis que se encontram para além da “cortina de ferro”. (RL)








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