2004-09-26 20:16:19

Erradicar a fome e a miséria do mundo, para garantir a paz


Castel Gandolfo, 26 set (RV)- Para garantir a paz no mundo, é preciso eliminar a fome, a miséria e a injusta distribuição das riquezas: foi o que disse o Papa, ao meio-dia deste domingo, aos fiéis e peregrinos reunidos no pátio interno da residência pontifícia de verão, em Castel Gandolfo, para a oração mariana do Angelus.

Todos temos a nossa parcela de responsabilidade... cada um de nós _ disse o Santo Padre _ deve usar os próprios bens não de maneira egoísta, mas sim de maneira solidária. Diante da injusta distribuição das riquezas é preciso _ de fato _ recordar que Deus destinou os bens da Terra a todos os seus filhos.

O Papa tomou como ponto de partida para sua reflexão, o Evangelho deste domingo, que nos propõe a parábola do rico à mesa do banquete, enquanto Lázaro mendigava migalhas à sua porta. Uma situação que se inverte após a morte, quando Lázaro é acolhido no paraíso, enquanto o rico padece os tormentos da punição.

Essa célebre passagem evangélica _ disse o Pontífice _ é muito apropriada para os nossos dias, visto o desequilíbrio entre riqueza e pobreza existente no mundo de hoje. Nos dias passados, em Nova York _ recordou JPII _ realizou-se um importante encontro de chefes de Estado e de Governo _ por iniciativa do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva _ em favor de uma ação mais eficaz e solidária “contra a fome e a pobreza” no mundo.

“A Igreja Católica _ disse o Papa _ assegura todo o seu empenho em favor da erradicação do mundo, do flagelo da fome e das demais conseqüências da miséria.”

Nesse mesmo contexto, o Santo Padre mencionou também a reunião, nestes últimos dias, no Vaticano, dos Núncios Apostólicos na África, durante a qual os prelados ressaltaram a urgência de que a comunidade internacional não abandonasse o continente negro à sua sina.

“Rezemos ao Senhor _ exortou o Papa _ a fim de que Ele ampare os esforços da comunidade internacional, voltados ao estabelecimento da justiça e do desenvolvimento solidário. Esse é o único caminho _ ponderou o Pontífice _ capaz de garantir ao mundo um futuro de paz.”

Concluindo, JPII confiou à Virgem Santíssima “de modo especial as famílias e os povos provados pela injusta distribuição dos bens que Deus destinou a todos os seus filhos”.

Após a recitação da oração mariana do Angelus, o Santo Padre referiu-se ao Dia Mundial do Mar, promovido pela ONU na próxima quinta-feira, 30 de setembro, dirigindo seu pensamento a todos aqueles que trabalham no mar, e rezando para que possam “viver com dignidade e segurança”.

JPII recordou também que amanhã se celebra a memória litúrgica de São Vicente de Paulo, e concedeu sua bênção às atividades da Sociedade de São Vicente, em particular aquelas dirigidas aos presos, para favorecer a sua recuperação pessoal e a sua reintrodução no tecido social.

Saudando os fiéis e avisando, ao mesmo tempo, que se conclui neste domingo a sua permanência em Castel Gandolfo, o Papa disse: “Até o próximo domingo, na Praça São Pedro!” (AF)








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