Bispo equatoriano denuncia: emigração põe em risco estabilidade familiar no país

Quito, 21 set (RV)- Todos os meses, 600 equatorianos tentam abandonar o país em direção aos EUA: um negócio estimado em 750 milhões de dólares ao ano. Os imigrantes pagam elevadas taxas aos chamados “coiotes” (traficantes de seres humanos).

Segundo reportagem publicada no diário de Quito, “El Universo”, em 2003 o Ministério das Relações Exteriores do Equador emitiu cerca de 20 mil novos passaportes. Mas ainda não existem dados oficiais sobre o número de clandestinos que tentaram, nos últimos anos, emigrar para os Estados Unidos com a ajuda dos “coiotes”.

Um estudo da embaixada dos Estados Unidos em Quito informa que desde o ano 2000, de 230 mil a 350 mil equatorianos embarcaram, via Guatemala, em direção aos EUA.

O Vigário Apostólico de Cuyo, Dom Rafael Cob Garcia, denunciou que a crescente emigração dos equatorianos para Europa e Estados Unidos representa um perigo para as famílias equatorianas.

O prelado espanhol visitou a sede internacional da associação católica “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS) e explicou que “apesar de o Equador dispor de suficientes recursos naturais como, por exemplo, o petróleo, a ausência de um bom governo, de estabilidade política e de justiça social provoca esse êxodo de grandes proporções”. (WM/MZ)