Castel Gandolfo, 18 set (RV)- JPII iniciou seus compromissos de hoje, recebendo em audiência, em Castel Gandolfo, a nova embaixadora do Egito junto à Santa Sé, Nevine Simaika Halim, para a apresentação de suas credenciais.
Basta com a guerra, o terrorismo e a violência no Iraque, na Terra Santa e onde quer que seja no mundo, porque elas produzem somente ódio, crueldade e morte, sem resolver nada. É a vontade do diálogo, sobretudo entre cristãos e muçulmanos, que deve prevalecer sobre a lógica do confronto, com a ajuda das religiões, porque “todos os povos têm o direito de viver na serenidade e na paz”.
Esse foi o teor do discurso que o Papa dirigiu à diplomata egípcia, e que condensa e reitera conceitos várias vezes repetidos ao longo destes últimos anos.
A Terra Santa “desfigurada por um conflito sem fim, que se nutre de ódios e de recíprocos desejos de vingança”. O Iraque, onde a “paz civil parece tão difícil de se restaurar”. Ou os outros países do planeta, “martirizados pelo terrorismo que atinge brutalmente os inocentes”... Por toda parte, “a violência revela o seu horror e a sua incapacidade de resolver os conflitos”.
Diante da irrefreável seqüência de barbáries que caracteriza a crônica diária, o Papa fez um enésimo apelo...
“Chamo a comunidade internacional, mais uma vez, às suas responsabilidades, para favorecer o retorno à razão e à negociação, único caminho possível para os conflitos entre os homens, porque todos os povos têm direito a viver na serenidade e na paz.”
O Pontífice evocou “a necessidade de se construir uma cultura de paz” que “permita uma verdadeira solidariedade entre os homens” e inaugure “um futuro de harmonia entre as nações”.
Mas o auspício de JPII não se deteve somente às responsabilidades dos Estados, que “têm entre as primeiras responsabilidades” a de “garantir a paz, o bem-estar e a segurança dos cidadãos”. Seu apelo foi novamente dirigido às religiões mundiais, a fim de que sua força educativa forme as pessoas ao respeito pelo outro e, de contrapartida, combata e rejeite “toda atitude sectária”.
Que o diálogo inter-religioso _ acrescentou o Papa _ “prossiga e se desenvolva particularmente entre os cristãos e os muçulmanos”. (RL)
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