2004-09-20 19:22:49

Diante do persistir da violência e do mal, o homem desconcertado pergunta: Por quê?


Castel Gandolfo, 19 set (RV)- Diante do mal, o homem, aflito e desconcertado, se pergunta: “Por quê?” Foi o que recordou o Papa, dando voz à humanidade de hoje, e definindo-a como “marcada pela desconcertante expansão do terrorismo”.

Na reflexão que precedeu, ao meio-dia deste domingo, a oração mariana do Angelus, na residência apostólica de verão, em Castel Gandolfo, JPII explicou também, porque “a Cruz de Cristo é, para aqueles que têm fé, um ícone de esperança”.

“A sucessão de atrozes atentados à vida humana perturba e inquieta as consciências.” Com essas palavras, o Papa expressou o sentimento de todos nós, esvaecidos diante das notícias angustiantes de todos os dias, provenientes de todas as partes do mundo. E recordou que é a mesma pergunta que “encontramos nos Salmos”: “Por que, Senhor? Até quando?”

JPII recordou também que “Deus respondeu a essas interrogações angustiantes que brotam do escândalo diante do mal, não com uma explicação de princípio _ como se quisesse se justificar” _, mas com a morte de Jesus.

“A Cruz de Cristo é, para os que têm fé, um ícone de esperança _ explicou o Papa _ porque nela se cumpriu o desígnio salvífico do amor de Deus. Na morte de Jesus se encontram o aparente triunfo do mal e a vitória definitiva do bem _ acrescentou; o momento mais sombrio da história e a revelação da glória divina; o ponto de ruptura e o centro de atração e de recomposição do universo.”

Portanto, “com o olhar voltado para o Cristo crucificado, em união espiritual com a Virgem Maria, prosseguimos o nosso caminho, sustentados pela potência da Ressurreição”.

Foi esse o convite do Papa que, neste domingo de setembro, recordou que a humanidade é marcada pela perturbadora expansão do terrorismo justamente “no alvorecer do terceiro milênio”: um alvorecer abençoado pelo Grande Jubileu e rico de potencialidades.

Antes de saudar os fiéis, o Papa recordou o Dia Mundial do Mal de Alzheimer, que será celebrado na próxima terça-feira, dia 21, assegurando a sua oração a todos os enfermos e a todos aqueles que os assistem.

Ao término da oração mariana do Angelus, o Santo Padre concedeu a todos os presentes em Castel Gandolfo, a sua bênção apostólica. (RL)








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