2004-09-13 16:43:35

Vaticano denuncia detenções repressivas de católicos na China


Cidade do Vaticano, 11 set (RV)- O Vaticano criticou neste sábado, as detenções “repressivas” de sacerdotes e fiéis católicos feitas na China, e afirmou que se trata de “uma grave violação da liberdade de religião, que é um direito fundamental do homem”.


“Só agora a Santa Sé tomou conhecimento do fato que, em agosto passado, foram presos sacerdotes e fiéis católicos na China” _ afirmou o porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls.


Navarro-Valls disse que, na primeira semana de agosto, a polícia chinesa deteve o vigário-geral da diocese de Baoding (província de Hebei), Paul Huo Junlong, assim como outros sete sacerdotes e dois seminaristas.

Os sacerdotes Paul An Jianzhao e John Baptist Zhang Zhenquan “foram condenados a um período de reeducação por meio de trabalhos forçados”, enquanto o restante “ainda estaria detido em Quyang (Baoding), com exceção de três que não pertencem a essa diocese”, explicou o porta-voz.


Segundo as informações da Santa Sé, até o dia 6 de setembro havia um total de 23 membros do clero da diocese de Baoding “detidos ou privados de sua liberdade”, entre eles o Bispo Tiago Su Zhimin e seu Auxiliar, Dom Francis An Shuxin, desaparecidos em setembro de 1997 e em março de 1996, respectivamente.


Ambos “permanecem detidos sem julgamento, em local secreto”, afirmou Navarro-Valls, que se referiu também à posterior detenção do administrador diocesano da Arquidiocese de Fuzhou, juntamente com dois sacerdotes e um seminarista.


“A Santa Sé não recebeu explicações por essas medidas repressivas. Se as últimas notícias correspondem à verdade, estaríamos diante de uma grave violação da liberdade de religião, um direito fundamental do homem” _ disse o porta-voz vaticano.


Com base nesse direito, a Santa Sé “acredita que todas as pessoas mencionadas possam ser colocadas em liberdade o mais rápido possível, como é justo, para que possam retornar a seu compromisso pastoral e ao serviço de suas respectivas comunidades católicas” _ concluiu.


O Vaticano já criticou, em ocasiões precedentes, as detenções de católicos na China, onde entre oito e dez milhões de pessoas professam a fé católica. (MZ)








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