Tribunal proíbe que navio do aborto atraque em porto português
Lisboa, 07 set (RV)- As associações que promovem a visita do chamado “navio do aborto” a Portugal reiteraram seu apoio à chegada dessa embarcação, mesmo depois que um tribunal ratificou a proibição do atraque.
A juíza do Tribunal Administrativo de Coimbra (TAC), Maria Helena Canelas, considerou ontem sem fundamento, a pretensão de que teria sido cancelada a ordem do governo luso, que proíbe que o navio atraque nesse território.
Cristina Santos, da associação “Não te prives”, afirmou que a luta pelos direitos das mulheres “não pode ser detida por decisões administrativas”.
A decisão do governo português, de impedir a entrada do navio “Borndiep”, da organização “Women on waves” (Mulheres sobre as ondas), viola os direitos fundamentais de reunião, informação e manifestação, segundo os grupos que promovem a atividade do navio.
A associação “Não te prives”, reúne-se hoje com as demais associações _ “Jovem para a paz”, “Clube Safo” e “União de Mulheres Alternativas” _ com a presença do advogado que defende o caso, Daniel Andrade, para estudar se vão recorrer da decisão do Tribunal Administrativo de Coimbra (TAC).
O “Borndiep” está, desde o domingo passado, ao largo da costa lusitana, vigiado por uma corveta, em virtude das ordens dadas pelo Ministro da Defesa, Paulo Portas.
A embarcação pretendia parar em Figueira da Foz (centro) e promover, até o próximo dia 12 de setembro, debates sobre a descriminação da interrupção voluntária da gravidez. (MZ)
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