O pesar do Papa pela tragédia em Ossétia do Norte

Castel Gandolfo, 04 set (RV)- O Cardeal Secretário de Estado, Angelo Sodano, enviou um telegrama, em nome do Papa, ao Núncio Apostólico em Moscou, Dom Antonio Mennini.

No texto lê-se: “Ao tomar conhecimento do violento epílogo do feroz seqüestro na Ossétia do Norte, com a infame agressão contra crianças e famílias indefesas, o Papa expressa sua solidariedade ao povo russo, nesta hora de apreensão e angústia, especialmente aos familiares dos mortos e feridos.”

“O Papa confia à misericórdia do Senhor, as vítimas inocentes desta tragédia, implorando pelo seu eterno repouso. Mais uma vez, o Papa deplora toda forma de terrorismo e faz votos para que não prevaleça a espiral de ódio e de violência. Por fim, implora à Virgem santa, tão venerada pelos cristãos russos, que suscite nos coração de todos, pensamentos de sabedoria e propósitos de paz e reconciliação.”

O porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, divulgou ontem, uma declaração a respeito da tragédia na Ossétia do Norte.

Na declaração, Navarro-Valls informa que o caso dos reféns da escola de Beslan foi seguido com grande tristeza no Vaticano. O Papa, que foi constantemente informado do desenrolar da situação, rezou pelas vítimas e pelos feridos.

Na quarta-feira, poucas horas antes do início da tragédia de Ossétia, JPII lançara um apelo contra a violência do terrorismo na Rússia, Iraque e Oriente Médio.

Também o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper condenou o horrível crime _ crime, disse o Cardeal, “que demonstra o desprezo total da vida humana”.

O Cardeal afirmou que não se pode resolver o problema da Chechênia somente com meios violentos e militares. “É preciso uma solução de justiça”, disse. E pediu ao Presidente Putin que encontre uma solução que não provoque mais derramamento de sangue.

Sobre as imagens da tragédia, o Cardeal declarou que todas as religiões têm o direito de reencontrar os valores da convivência. “Não deve prevalecer o niilismo dos terroristas. A humanidade, mais do que nunca, deve refletir sobre os valores da paz e da justiça”, disse o Cardeal Kasper. (BF)