2004-09-03 18:47:50

A dor e a preocupação do Papa pelos ataques terroristas em Israel e na Rússia, e pela guerra no Iraque


Cidade do Vaticano, 1º set (RV)- JPII expressou pesar e preocupação, esta manhã, pelos ataques terroristas em Israel e na Rússia, pelo persistir da guerra no Iraque e pela sorte dos dois jornalistas franceses seqüestrados naquele país. A seguir, dirigiu um apelo por suas vidas, e pediu que, em todos os lugares, cesse a violência.

“Dirijo um premente apelo a fim de que cesse a violência em todos os lugares _ violência que é sempre indigna de uma boa causa _ e a fim de que os dois jornalistas franceses sejam tratados com humanidade e restituídos incólumes, o quanto antes, a seus familiares.” Foram as palavras do Pontífice, proferidas no final da Audiência Geral desta manhã, na Sala Paulo VI, no Vaticano.

“Com grande pesar e preocupação _ disse o Papa _ recebi as novas e graves notícias relacionadas aos atentados terroristas em Israel e na Rússia, onde numerosas pessoas perderam a vida, vítimas indefesas e inocentes. Também no atormentado Iraque _ acrescentou _ não se rompe a cadeia de violência cega que impede um pronto retorno à convivência civil. O repúdio pelo bárbaro assassinato dos 12 cidadãos nepaleses soma-se à grande expectativa pela sorte dos dois jornalistas franceses ainda reféns de seus seqüestradores.”

JPII recordou ainda, que se celebra hoje, 1º de setembro, o aniversário da invasão da Polônia e do início da II Guerra Mundial, que semeou luto em toda a Europa e em outros continentes. “Repensando naqueles dias, neste momento de graves e difusas tensões _ disse o Papa _ invocamos a Deus, Pai de todos os homens, o dom precioso da paz.”

O Papa dedicou sua catequese, na Audiência Geral, aos falsos mitos da riqueza, do poder e do sucesso.

O Santo Padre veio diretamente de Castel Gandolfo, onde transcorre este período do verão europeu, para o encontro semanal com os fiéis, que hoje se realizou na Sala Paulo VI, no Vaticano.

“A idolatria é uma tentação de toda a humanidade em todos os lugares e em todos os tempos” _ advertiu JPII, retomando as palavras do Salmista, que contrapõe “os ídolos das nações pagãs” “ao verdadeiro Deus adorado por Israel”.

O Salmista descreve os ídolos “ironicamente” como totalmente inúteis, porque “têm boca, mas não falam, olhos, mas não podem ver. Têm ouvidos, mas não ouvem, nariz, mas não podem sentir cheiros. Têm mãos, mas não apalpam, pés, mas não podem andar. Sua garganta não emite um som”.

Trata-se de uma crítica veemente aos ídolos e, depois, um “auspício sarcástico” do Salmista: “Seja semelhante a eles, quem os fabrica e quantos neles depõem sua confiança.”

A mensagem é radical: “Quem adora os ídolos da riqueza, do poder, do sucesso _ ressaltou o Santo Padre _ perde a sua dignidade humana.”

“Pelo contrário, os fiéis do Senhor sabem que em Deus _ potência de amor e de salvação _ encontram seu auxílio e seu escudo.”

Ao término de sua catequese, como o faz habitualmente, o Papa passou a saudar os diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes na Sala Paulo VI, falando-lhes em suas respectivas línguas. Eis o que disse aos fiéis e peregrinos de língua portuguesa...“Amados irmãos e irmãs, louvar a Deus, na sua Trindade beatíssima, nos dá a certeza de que o Senhor é nosso escudo e nossa ajuda. Demos glória ao Altíssimo com as nossas vidas! Saúdo os peregrinos de língua portuguesa aqui presentes, especialmente aos grupos de Portugal e do Brasil, com cordiais votos de paz e prosperidade. Que Deus vos abençoe!”(RL)RealAudioMP3








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