2004-08-27 16:17:25

Resposta das FARC à libertação de reféns não desanima os bispos colombianos


Bogotá, 25 ago (RV)- O Vice-presidente da Conferência Episcopal Colombiana e Arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, considerou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) ainda podem aceitar a proposta de troca humanitária para libertar dezenas de seqüestrados.

Dom Castro Quiroga juntou-se à reação do defensor do povo e alguns familiares de seqüestrados, que não consideram a primeira resposta das FARC ao governo como sendo uma negativa total.

O governo propôs às FARC libertar 50 guerrilheiros processados por rebelião em troca dos chamados seqüestrados “trocáveis”. A resposta da guerrilha foi que eles queriam decidir sobre quais e quantos são os guerrilheiros que vão ser libertados, em que condições e circunstâncias sairão. Além disso, a guerrilha exigiu que o governo designasse um porta-voz para negociar.

O Arcebispo assinalou que a última troca de mensagens tem como destinatária mais a sociedade do que as partes. “Ambos estão dizendo que querem o acordo humanitário”, disse Dom Castro Quiroga, mas reconheceu que as FARC “não se moveram nem um milímetro”

O Arcebispo afirmou que, com esse pronunciamento, as FARC advertem que estão dispostas a “dialogar cara a cara em algum lugar” e agora, cabe ao Executivo “decidir se está ou não disposto a dialogar cara a cara com a guerrilha ou se as coisas ficarão como estão”.

O prelado afirmou que os únicos prejudicados com essa situação são os “seqüestrados e seus familiares que se vêem frente a uma nova frustração”.

Entretanto, expressou sua confiança em que, de ambas as partes “haja uma criatividade, um desejo de explorar novos caminhos para sair deste atoleiro”. (MZ)








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