Cidade do Vaticano, 18 ago (RV)- Na Audiência Geral de hoje, o Papa refletiu com os fiéis e peregrinos reunidos no pátio interno da residência apostólica de verão, em Castel Gandolfo, sobre o salmo 109. Além disso, recordou com gratidão, alguns dos momentos mais significativos de sua recente peregrinação a Lourdes, França, no último fim de semana.
O salmo 109 _ um salmo real e profético, é ligado à dinastia do rei Davi, e provavelmente se refere à coroação do soberano. Entretanto a tradição judaica e cristã o empregou como imagem do rei consagrado por excelência: Cristo. Aí está o significado e a importância desse salmo.
No curso da Audiência, o Papa recordou sua peregrinação ao santuário mariano francês de Lourdes, no último fim de semana. “Agradeço também à Virgem _ disse o Pontífice _ pelo clima de profundo recolhimento e de intensa oração desse encontro, recordo com emoção a multidão numerosa dos peregrinos, tendo os enfermos na primeira fila vindos a procurar conforto e esperança. Que todos os jovens presentes possam conservar a recordação dessa peregrinação e encontrar a força de se tornar homens e mulheres livres em Cristo.”
Se recordar a “geração” divina de um rei fazia parte, na Antigüidade, do protocolo de coroação _ refletiu o Santo Padre, falando sobre o Salmo 109 _ na releitura cristã do salmo, aquela mesma geração “se torna real e apresenta Jesus Cristo como verdadeiro Filho de Deus”.
A segunda parte do salmo, ao invés, tem um conteúdo “sacerdotal” e também neste caso, por detrás da imagem de Melquisedec _ o soberano sacerdote de Salém _ se percebe a figura do Messias como “modelo de um sacerdote perfeito e supremo”.
“Um salmo profético, portanto” _ disse JPII.
Cristo era apresentado: a sua vinda ao mundo, a sua morte e ressurreição. O próprio Santo Agostinho _ citou JPII _ explicou em um seu ensinamento: “Tudo isso devia ser profetizado, devia ser preanunciado, devia ser indicado como destinado a vir, a fim de que, vindo de uma hora para outra, não assustasse, mas fosse aceito com fé e esperado”.
Concluída a sua reflexão, o Papa passou a saudar os diversos
grupos de fiéis e peregrinos presentes, falando aos mesmos em suas respectivas línguas.
Eis o que disse em português...“De coração, saúdo e abençôo os peregrinos presentes
de língua portuguesa, em especial o grupo vindo de Braga, sobre todos invocando a
divina graça, portadora de vida nova para suas famílias e sociedade numa justa e serena
prosperidade coletiva, fraternalmente repartida. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”(RL)
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