2004-08-11 20:21:49

Líderes religiosos pedem fim da pena de morte na Coréia do Sul


Seul, 10 ago (RV)- Líderes religiosos sul-coreanos convidaram os fiéis a rejeitarem com força, a pena de morte no país.

O tema tem sido amplamente debatido nesse país asiático, em virtude do aumento do número de homicídios. No dia 5 de agosto, na Catedral de Myongdong, em Seul, líderes religiosos políticos, protestantes e budistas celebraram a santa missa para todos os condenados à pena de morte, para as vítimas dos crimes e seus familiares.

Durante o encontro, cerca de cem pessoas _ em sua maioria católicos _ entoaram o slogan: “De uma cultura de ódio e vingança a uma prática de amor e compaixão.”

Pe. Thomas Lee Young-woo, presidente de um grupo de sacerdotes que trabalha pela integração social na Arquidiocese de Seul, admitiu que o aumento dos crimes tem incitado a opinião pública sul-coreana a apoiar a pena capital.

“A pena de morte não pode representar uma solução só porque os crimes são freqüentes” _ advertiu Pe. Lee. O sacerdote também pediu à população que não atribua todas as culpas aos criminosos e explicou. “Na nossa sociedade, os criminosos são freqüentemente isolados e não são tratados com eqüidade e justiça. Devemos, por isso, ter maior consciência da gravidade do problema e procurar resolvê-lo todos juntos” _ acrescentou.

No final do encontro, os líderes religiosos da Coréia do Sul assinaram um documento em comum, no qual se afirma que a pena de morte é um “homicídio institucional”, amparado pela lei e por um sistema que nega o direito à vida.

No momento, 58 pessoas aguardam, nas prisões sul-coreanas, pela execução da sentença capital. (WM)








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