Pequim, 06 ago (RV)– A China conta 16 milhões de cristãos e não 80 milhões, como asseguram os dissidentes ocidentais e o Vaticano (N.R. desconheço afirmações da Santa Sé neste sentido), afirmou o Bispo Deng Fucun, Vice-Presidente da Associação Católica Patriótica, a Igreja Católica que é oficialmente reconhecida pelo governo de Pequim, cujos líderes são nomeados pelo PC chinês e não pela Papa.
“Ficaríamos muito felizes em ter 80 milhões de fiéis cristãos, mas essa não é uma realidade” _ assegurou Dom Deng, citado hoje, pelo diário independente, “South China Morning Post”.
A China _ que rompeu relações com o Vaticano em 1958 _ considera cristãos unicamente os fiéis regularmente inscritos na Associação Católica Patriótica e na Igreja Protestante Oficial, desconhecendo (e perseguindo) aqueles que fazem parte das comunidades chamadas “clandestinas”.
Ainda que o Partido Comunista (que conta 69 milhões de membros) se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de seis Igrejas oficiais: Católica, Protestante, Confucionista, Taoísta, Budista e Muçulmana.
A agência de notícias espanhola EFE informa que a Associação Católica Patriótica registra 5 milhões e 200 mil fiéis católicos, enquanto a Igreja Protestante Oficial conta cerca de 11 milhões de seguidores.
Fontes do Vaticano asseguram que a Igreja Católica “clandestina” (porque fiel ao Papa e à Santa Sé) conta mais de 8 milhões de fiéis, que se vêem obrigados a oficiar missas em segredo, em suas próprias casas, com o risco de serem presos.
No que se refere ao número de protestantes, segundo a Fundação Kung, a China conta diversos milhões de batistas e luteranos, além de dezenas de milhares de cristãos ortodoxos.
Pelo menos 10 bispos e 25 sacerdotes e seminaristas católicos encontram-se presos, em campos de trabalho forçado ou em regime de prisão domiciliar, a maioria deles em Hebei, centro nevrálgico do Catolicismo na China.
O Batismo, o proselitismo e o ensino religioso aos menores de 18 anos são atos punidos, na China, com penas de reclusão ou de confinamento em campos de reeducação mediante o trabalho.
A religião majoritária na China é o Budismo (com 100 milhões de fiéis), seguida pelo Taoísmo (único credo originário do país), pelo Confucionismo (mais uma filosofia do que uma religião), e pelo Islamismo (cujos fiéis se encontram concentrados no noroeste do país). (AF)
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