La Paz, 31 jul (RV)– Na Bolívia, após a recente aprovação da nova Lei de direitos sexuais e reprodutivos, que foi devolvida ao Congresso pelo Presidente Carlos Mesa, diversas organizações de mulheres camponesas manifestaram sua rejeição à lei e afirmaram que “tememos pelos nossos filhos”.
A dirigente da Associação de Mulheres Camponesas de Cochabamba, Flora Guilla, explicou que, em coordenação com a Igreja Católica, se está exigindo uma explicação mais detalhada da nova norma legal e suas conseqüências.
As mulheres do campo que, segundo as feministas, seriam as “primeiras” beneficiadas pelo programa, afirmaram que “tememos pelos nossos filhos, que se tornarão rebeldes; nossas filhas ficarão grávidas muito jovens e dizem que devemos simplesmente aceitar”.
A nova lei promove, dentre outras coisas, o “direito à confidencialidade” pelo que, os jovens podem esconder sua vida sexual a seus pais.
Embora tenha sido aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, a lei ficou “paralisada” após uma carta enviada pela Conferência Episcopal da Bolívia (CEB) ao Presidente Carlos Mesa, que a devolveu ao Parlamento, para que seja novamente revisada. (MZ)
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