Madri, 27 jul (RV)- Os integrantes de uma rede hispano-brasileira acusada de obrigar imigrantes ilegais a se prostituírem, foram detidos, informou nesta terça-feira a polícia da Catalunha, norte da Espanha.
A organização desarticulada introduziu na Espanha cerca de 200 brasileiras, que eram obrigadas a trabalhar em bordéis. A investigação, que continua aberta, levou à prisão, em várias cidades da Catalunha, de 10 supostos integrantes espanhóis e dominicanos.
Na operação foram detidas também onze brasileiras, vítimas da rede de prostituição, por infração da Lei de Estrangeiros, já que não tinham a permissão necessária para morar na Espanha.
A operação policial teve início no começo do ano, quando a polícia detectou a chegada ao aeroporto de Barcelona, de várias brasileiras em vôos procedentes de outros países.
As vítimas eram obrigadas a assinar uma nota promissória pela dívida contraída com a organização por tê-las levado à Espanha, e que chegava a cerca de 3 mil dólares.
As vítimas eram obrigadas a devolver os 3 mil dólares da viagem, permanecer no bordel por um mínimo de 90 dias, ainda que já tivessem pago sua dívida, entregar diariamente 60 dólares à organização para despesas diversas e não sair do local.
No total, calcula-se que cerca de 200 brasileiras tenham sido vítimas dessa rede, desde o início do ano. A operação continua e não se descarta a prisão de mais pessoas envolvidas na organização. (MZ)
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