Israel nega visto a sacerdotes africanos e asiáticos que desejam visitar a Terra Santa

Tel Aviv, 23 jul (RV)- Eles são membros da Igreja Católica, mas para Israel são apenas potenciais clandestinos. É o que está acontecendo há aproximadamente um mês, com sacerdotes e religiosas de origem africana e asiática, que não conseguem receber o visto para visitar a Terra Santa.

A denúncia foi feita pela agência de notícias AsiaNews, segundo a qual “as autoridades temem que sacerdotes e religiosas permaneçam em Israel como emigrados ilegais”.

Neste último mês, segundo a agência, “sacerdotes e irmãs indianas, padres de Burkina Fasso, da África do Sul e de Moçambique foram todos impedidos de receber o visto”.

Alguns consulados e embaixadas de Israel no exterior alegaram que o visto foi negado por temor de que esses sacerdotes emigrem para Israel para sempre.

“Os sacerdotes e as religiosas em questão estão sendo discriminados: mesmo fazendo parte de um grupo organizado de peregrinos, o visto é negado só a eles _ africanos e asiáticos _ enquanto é concedido aos outros peregrinos ocidentais ou europeus” _ afirma a AsiaNews.

Fontes eclesiais de Jerusalém, conclui a AsiaNews, sublinham a incongruência de Israel que “faz propaganda do turismo e das peregrinações para resolver a economia da Nação”, e depois aplica uma burocracia que “coloca todos esses obstáculos”.

“Se Israel teme que os padres permaneçam no país como imigrantes ilegais _ sugerem as fontes _ poderia dar um visto temporário acompanhado de uma ordem de expulsão”. (MZ)