Igreja Católica em Portugal vai promover encontro mundial de comunidades católicas portuguesas

Lisboa, 17 jul (RV)- A Igreja Católica em Portugal vai promover um encontro mundial de comunidades católicas portuguesas. A decisão foi tomada no Encontro Nacional que reuniu os Secretariados Diocesanos da Pastoral de Migrações, em Évora, de 12 a 15 de Julho.

Os cerca de 50 delegados referem, no comunicado final, que “as comunidades no estrangeiro vivem, nos dias de hoje, rápidas e incertas mudanças que exigem uma reflexão nova e aprofundada quanto ao modelo pastoral de acompanhamento personalizado vigente e a ser implementado”.

Nesse sentido, foi assumido o compromisso de “realizar um encontro mundial de comunidades católicas portuguesas sobre o tema “Portugueses no mundo”, devido ao crescente fluxo emigratório de Portugal”.

No decorrer dos trabalhos se pôde constatar que “o futuro das comunidades católicas espanholas e portuguesas dependerá, em parte, de sua abertura missionária, e da qualidade do diálogo na Igreja local, na valorização e formação do laicato, e do acolhimento inteligente aos novos migrantes de ambas as línguas ibéricas”.

A Igreja Católica em Portugal e na Espanha quer ver, em prática, uma atitude de acolhimento e de integração para com os estrangeiros que procuram esses países, em busca de melhores condições de vida, protegendo de modo especial os que se encontram sem documentos ou em situação irregular.

O documento conclusivo do Encontro Nacional de Évora manifesta profunda preocupação “diante da grave situação humana em que vivem milhares de imigrantes e refugiados que estão chegando à península ibérica, provenientes dos mais diferentes rincões, continuando a aguardar que os respectivos governos e parlamentos encontrem a solução justa, capaz de dar resposta a um problema humano tão dramático”.

Os presentes manifestaram ainda a intenção de analisar alguns problemas que têm surgido no âmbito da assistência religiosa aos católicos de rito oriental bizantino, do ecumenismo e do diálogo inter-religioso, “de modo a dar-lhes resposta célere, através dos meios julgados mais eficazes e das instâncias pastorais competentes”. (MZ)