2004-07-12 13:50:38

Redescobrir o silêncio como atmosfera ideal para se escutar a voz de Deus


Les Combes, 11 jul (RV)- Redescobrir o silêncio, para ouvir a voz de Deus: foi a exortação do Papa, no Angelus desta manhã de domingo, aos milhares de fiéis que acorreram à pequena Les Combes, onde JPII transcorre alguns dias de repouso, para unir-se ao Santo Padre neste único encontro com os fiéis, no período que passará entre as montanhas do Vale d’Aosta.

O silêncio _ um bem precioso e sempre mais raro _ nos ajuda a ouvir a voz de Deus. No majestoso cenário alpino de Les Combes, JPII refletiu com os fiéis sobre a importância do silêncio, para que possamos ouvir a voz que nos vem de dentro, da nossa alma, da nossa fé em Deus. A voz do Altíssimo que nos fala quando cessa o burburinho que nos envolve cotidianamente, e quando nos mostramos abertos a escutá-la.

“Neste oásis de tranqüilidade e diante deste maravilhoso espetáculo _ disse o Papa _ se experimenta facilmente o quanto seja proveitoso o silêncio, um bem hoje em dia sempre mais raro. As numerosas oportunidades de relações e de informação que a sociedade moderna oferece podem, às vezes, aniquilar esse espaço de recolhimento, tornando as pessoas até mesmo incapazes de refletir e de rezar. Na realidade _ ponderou o Pontífice _ somente no silêncio, o homem consegue escutar no próprio íntimo da consciência, a voz de Deus, que realmente o torna livre. Que as férias possam ajudar a redescobrir e a cultivar essa indispensável dimensão interior da existência humana” _ exortou o Pontífice.

 

Momentos antes, o Papa dirigira uma saudação especial a todos aqueles que foram a Les Combes especialmente para rezar com ele, a oração mariana do Angelus, assim como às autoridades locais. Da mesma forma, endereçou palavras de afeto e de gratidão ao Bispo de Aosta, Dom Giuseppe Anfossi, e a toda a comunidade eclesial do Vale d’Aosta.

Concluindo a reflexão que precedeu a oração mariana, JPII apontou como modelo perfeito de escuta da voz de Deus, que fala ao coração humano, Maria Santíssima.

“A Ela nos dirigimos _ disse o Santo Padre _ pensando nos santuários marianos do Vale d’Aosta e nas imagens da Virgem que encontramos nas estradas e ao longo das diversas sendas que atravessam as montanhas. De modo particular _ acrescentou o Papa _ abençôo a imagem da “Madonnina del Gran Paradiso” (Nossa Senhora do “Gran Paradiso”, uma das montanhas que formam a cadeia alpina), restaurada, 50 anos depois de sua colocação sobre o cume dessa majestosa montanha.”

“Que Maria, que dentro de poucos dias celebraremos como a Rainha do Monte Carmelo, nos ajude a ver, na beleza da criação, um reflexo da glória divina, e nos encoraje a utilizar todas as nossas energias rumo ao cume espiritual da santidade” _ concluiu o Santo Padre. (AF)








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