2004-07-12 13:49:30

China realiza nova campanha de repressão do Budismo tibetano


Pequim, 10 jul (RV)– A China colocou em ato uma nova campanha de repressão do Budismo tibetano, no âmbito da qual estão contempladas demolições de mosteiros e sessões de reeducação política dos monges, segundo informações divulgadas pela Campanha Internacional pelo Tibet.

O relatório, divulgado pela organização que tem sede em Washington, Amsterdã e Berlim, é citado pela imprensa chinesa independente. Nele se afirma que a repressão na planície tibetana, com a argumentação de que se pretende acabar com os dissidentes políticos, na verdade busca mesmo é suprimir a religião no Tibet.

“Acabar com a religião é uma das políticas da China atual” _ afirma a especialista em questões tibetanas, Kate Saunders, uma das autoras do relatório, do qual faz parte um vídeo que documenta as demolições de edifícios religiosos e as lições de propaganda política ministradas aos monges e monjas.

O relatório confirma a posição destrutiva da China frente a todos os movimentos e confissões religiosos. Recentemente, grupos de defesa dos direitos humanos denunciaram repressões contra muçulmanos, membros da Igreja Católica “clandestina” (ou seja, fiel ao Papa e à Santa Sé) e contra os seguidores da seita neobudista, Falun Gong.

O documento denuncia também a falta de liberdade de movimentos dos líderes budistas e a forçosa limitação do número de monges nos mosteiros, entre outras coisas.

O Tibet é uma das regiões mais isoladas do mundo e apresenta características culturais (entre outras a língua e a religião) muito diferentes da China. Mas Pequim insiste em afirmar que o Tibet faz parte do território chinês, desde mais de mil anos atrás, em virtude de alianças e matrimônios entre os soberanos chineses e tibetanos.

Os problemas atuais remontam a 1959, ano em que uma revolta armada dos tibetanos contra o governo comunista de Pequim foi reprimida com a ocupação militar da região, a qual forçou ao exílio em Dharamsala, na Índia, o Dalai Lama Tenzin Giatso, Prêmio Nobel da Paz e líder espiritual e político dos budistas tibetanos. (AF)








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